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Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2016
Um manifesto assinado por 40 embaixadores brasileiros critica a forma como o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, conduziu a indicação de seu novo embaixador no Brasil, Dani Dayan. Segundo a nota divulgada, é “inaceitável” que o nome dele tenha sido anunciado publicamente antes de ser submetido ao governo brasileiro. “Essa quebra da praxe diplomática parece proposital, numa tentativa de criar fato consumado, uma vez que o indicado, Dani Dayan, ocupou entre 2007 e 2013 a presidência do Conselho Yesha, responsável pelos assentamentos na Cisjordânia considerados ilegais pela comunidade internacional, e já se declarou contrário à criação do Estado Palestino, que conta com o apoio do governo brasileiro e que já foi reconhecido por mais de 70% dos países-membros das Nações Unidas”, cita o texto dos diplomatas.
No manifesto, eles dizem esperar que essa questão seja superada. “Nessas condições, apoiamos a postura do governo brasileiro (…) e fazemos votos de que o presente episódio seja superado prontamente a fim de podermos, em conjunto, reforçar os vínculos entre os dois países num momento histórico em que o espírito de conciliação se torna imperativo.”