Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2016
Hillary Clinton costuma dizer que não teme uma guerra de lama com Donald Trump em um confronto direto pela presidência dos Estados Unidos porque 40 anos na vida pública a tornaram imune a qualquer ataque. Enquanto o provável duelo se aproxima, analistas divergem sobre um aspecto central de sua biografia: qual a origem da histórica percepção negativa de Hillary?
Mesmo com trunfos consideráveis, como a experiência e o apoio do presidente Barack Obama, e diante de um rival com índices de rejeição ainda maiores, a imagem de mau caráter a persegue. Dois terços do público não consideram Hillary confiável, dizem as pesquisas; “desonesta” é a palavra preferida para descrevê-la. Hillary é a maior inimiga de Hillary, diz o analista David Bernstein, do site Politico. Após superá-la nas pesquisas pela primeira vez, Trump parece ter um claro caminho até a Casa Branca, pavimentado pela rejeição à rival e uma conjunção de fatores favoráveis.
O quadro se inverteu, lembra Bernstein: enquanto os caciques republicanos começam a se mobilizar em torno de Trump, Hillary não consegue unir os democratas.
Segundo levantamento do instituto YouGov, só 55% dos simpatizantes de Bernie Sanders, que disputa a candidatura democrata com Hillary, estão dispostos a votar nela. (Marcelo Ninio/Folhapress)