Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de fevereiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ministro Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil da presidência da República, esclareceu ontem que a intervenção do governo federal na área da segurança pública do Rio de Janeiro não será empecilho à votação da reforma da Previdência, cuja discussão o governo pretende colocar no Congresso na próxima semana. O ministro conversou com o colunista durante o fórum de debates promovido pela Rede Pampa de Comunicação no município de Xangri-Lá. O evento foi aberto pelo governador José Ivo Sartori.
Solução legal permitirá votação
Padilha explicou que o mesmo ordenamento jurídico que veda a votação de matérias constitucionais pelo congresso na vigência de uma intervenção federal, permite o levantamento desta intervenção para a votação e, logo após, a retomada dessa intervenção. Assim, caso se crie o ambiente favorável pra a aprovação da emenda constitucional, o governo abrirá esta janela, e levantará a intervenção para permitir sua votação no plenário da Câmara.
Números são terríveis
Os números não mentem. Ontem, Eliseu Padilha apresentou dados que demonstram, sem paixões partidárias ou ideológicas, a urgência da reforma da previdência, além é claro, de outras medidas saneadoras. Desde 2013 o orçamento da União tem apresentado déficits constantes que se acumulam e que, em 2018, chegará a R$ 59 bilhões.
Como se dá o déficit da Previdência
Segundo o ministro da Casa Civil, um exemplo desse déficit se dá no Rio Grande do Sul onde para cada 0,5% de contribuintes da Previdência, existe um inativo recebendo salário integral. Assim, explica “enquanto 50 contribuintes recolhem 14%, outros cem recebem 100% do salário. Esta diferença é custeada pelos cofres públicos”.
Universidade pública custa R$ 81,1 mil por aluno
Um outro tema pra reflexão. Os gastos das universidades federais, de acordo com o Censo da Educação Superior, passaram de R$ 33 bilhões para R$ 46,1 bilhões, entre 2009 e 2016, um aumento de 40%, em valores atualizados. No mesmo período, o custo anual médio por aluno caiu de R$ 38,8 mil para R$ 37,5 mil. O custo mais alto, no valor de R$ 81,1 mil por aluno, é da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O mais baixo, de R$ 14,1 mil por aluno, é da Unifap (Universidade Federal do Amapá). Já as despesas obrigatórias com pessoal ativo e inativo consumiram 86,9% do orçamento dessas instituições.
Quem se beneficia?
A grande questão é: há boa gestão nestas universidades? E, a quais estudantes – falando de perfil sócio-econômico – elas beneficiam?
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.