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Mundo Em meio à fragmentação do peronismo, a ex-presidenta argentina Cristina Kirchner anunciou uma nova frente política

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Ex-presidenta formou frente para fazer oposição a Mauricio Macri. Eleições de outubro irão renovar parte do Senado e da Câmara de Deputados.(Foto: Reprodução)

Em meio à fragmentação do peronismo, a ex-presidenta argentina Cristina Kirchner, 64 anos, anunciou o lançamento de uma nova frente política, a UC (Unidade Cidadã). Com a plataforma, a ex-presidente argentina evita ter que disputar espaço dentro do PJ (Partido Justicialista) e fica livre para se lançar candidata ao Senado nas eleições legislativas de outubro.

Eleita, Cristina pode se beneficiar da imunidade parlamentar (interessante frente à série de denúncias que enfrenta) e, quem sabe, alçar voos políticos mais ambiciosos.

O lançamento da frente aprofunda as divisões entre peronistas, o que pode acabar beneficiando o presidente Mauricio Macri.

Líder da oposição ao atual presidente da Argentina, Cristina Kirchner deve se candidata ao Senado nas legislativas de outubro, informaram os pré-candidatos de seu partido, Roberto Salvarezza e Leopoldo Moreau. Kirchner quer enfrentar o macrismo (direita e aliados centristas) na estratégica província de Buenos Aires, que detém quase 40% do colégio eleitoral.

A aprovação de Macri, 58 anos, caiu 20 pontos desde que assumiu, com 65%, há 18 meses, mas ainda conta com um eleitorado fiel que rejeita Kirchner, cuja força está nos distritos operários e de classe média baixa na periferia da capital argentina. Ainda assim ele é um dos presidentes com maior aprovação na América Latina. Mantém um apoio de quase 50%, apesar da crise econômica que vive o país, e tem como oposição um peronismo cada vez mais dividido.

Mauricio Macri é o político mais popular da situação e Kirchner, a da oposição peronista e centro-esquerdista. Trinta e quatro milhões de argentinos deverão renovar em 22 de outubro a metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado.

O Congresso é controlado pelo peronismo, mas o movimento está dividido em correntes que vão da direita, que votam as leis do macrismo, à centro-esquerda, que está enfraquecida. O desafio de Macri será manter a condição de segunda força parlamentar e ampliar sua bancada com aliados de centro.
Seu maior obstáculo é que a economia continua estagnada, com queda do consumo, das exportações e da produção industrial, exceto a de cimento, enquanto o déficit fiscal aumenta, tanto quanto o multimilionário endividamento para financiá-lo, enquanto as demissões com fechamento de fábricas e lojas não param.

“É preciso dar um limite ao governo”, disse a seus partidários Kirchner durante o ato de lançamento da coalizão Unidade Cidadã, na terça-feira, em um estádio de futebol diante de quase 40.000 presentes. Kirchner foi uma combativa militante peronista de esquerda na década de 1970. Ela desperta paixões contraditórias, a favor e contra, mas é onipresente desde que deixou a Presidência.
Antes das legislativas, todo o colégio eleitoral será convocado em 13 de agosto para confirmar as candidaturas nas eleições primárias, mas em quase nenhum caso haverá luta interna.

Derrota

Há um ano e meio, a derrota do kirchnerismo para Macri foi um marco na América Latina. Era o início do fim da década dourada da esquerda latino-americana. O chavismo perdeu as eleições legislativas na Venezuela pouco depois, e Evo Morales foi derrotado no referendo para poder ser reeleito na Bolívia. A guinada parecia definitiva com a vitória do Pedro Pablo Kuczynski no Peru. Meses mais tarde caiu a presidenta brasileira Dilma Rousseff, com um impeachment. E a volta de Sebastián Piñera ao poder no Chile é mais que provável.

Mas, desde alguns meses atrás, as coisas não parecem tão claras como antes. No Equador, ganhou o candidato de Rafael Correa, Lenín Moreno. No Brasil, Michel Temer está cada vez mais debilitado e muitas pesquisas apontam que Lula poderia voltar ao poder, se a Justiça não o impedir antes. Na Bolívia, Evo Morales continua sem rivais claros e com uma enorme aprovação. E na Argentina? Como sempre, nada é o que parece nesse país.

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https://www.osul.com.br/ex-presidente-cristina-kirchner-disputara-vaga-de-senadora-na-argentina/ Em meio à fragmentação do peronismo, a ex-presidenta argentina Cristina Kirchner anunciou uma nova frente política 2017-06-25
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