Armando Burd Existe para ser desrespeitada
Por Redação O Sul | 27 de fevereiro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, criada em 2000, inspirou-se nos modelos dos Estados Unidos e da Nova Zelândia. Não passou daí.
Saudada como forma de conter o rombo crescente nas finanças públicas, tem sido interpretada de modo flexível pelos Tribunais de Contas, algumas vezes em benefício próprio. Tem mais: a contenção das despesas exageradas não deve depender apenas de uma lei. Os governantes precisam se submeter ao bom senso, diminuindo a imensa fatura que deixarão para as futuras gerações.
CONSEQUÊNCIA
A falência dos Estados tem origem no desprezo à Lei de Responsabilidade Fiscal pelos adeptos da clássica Escolinha do Jeitinho Para Tudo.
MOINHOS
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, faz procedimento de redução da próstata, hoje pela manhã, no Hospital Moinhos de Vento. O cirurgião é Claudio Teloken.
EX-NÚMERO 1
O comportamento do ex-assessor José Yunes começa a ser melhor entendido pelos repórteres que fazem a cobertura jornalística do Palácio do Planalto. Ele se considerava o amigo mais próximo do presidente Michel Temer. De repente, trombou com Eliseu Padilha e Moreira Franco ao descobrir que as funções dos dois eram mais importantes que a sua. O primeiro passo foi divulgar intrigas inexistentes entre Padilha e Moreira. Depois, tornou o ministro-chefe da Casa Civil alvo de uma versão que não convence procuradores do Ministério Público.
ENTRE OS DOIS
Caberá ao PP a escolha do novo presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Os candidatos mais fortes são os prefeitos de Bento Gonçalves, Guilherme Rech Pasin, e de Pantano Grande, Cássio Nunes Soares. A eleição ocorrerá em maio.
PÓLVORA ACUMULADA
A maioria dos municípios não consegue honrar os compromissos do regime previdenciário dos servidores. É uma bomba relógio à porta dos gabinetes dos prefeitos. Uma solução terá de ser encontrada com urgência, contando com a participação da futura gestão da Famurs.
PRECISAM VOLTAR
Pena que a tradição dos blocos humorísticos não tenha voltado em Porto Alegre. Extintos no começo do regime militar, ironizavam os políticos em destaque. Um deles foi o Tira o Dedo do Pudim, organizado na década de 1940 por Vicente Rao com funcionários do extinto Banco Nacional do Comércio. Depois, Rao veio a ser Rei Momo por 22 anos. Outros blocos eram Tô Com a Vela, Saímos Sem Querer, Canela de Zebu e Te Arremanga e Vem.
HÁ 50 ANOS
A 27 de fevereiro de 1967, o presidente Castelo Branco inaugurou, em Bento Gonçalves, o Hospital Maria Teresa Goulart, construído pelo governo deposto em 1964. Só não tinha entrado em funcionamento porque foi incluído em um Inquérito Policial Militar sob suspeita de irregularidades. Como não houve comprovação, passou a atender a população.
RÁPIDAS
* Para não criar choques, o site estadual do PDT não registra vindas do presidente Carlos Lupi a Porto Alegre.
* A Comissão de Serviços Públicos da Assembleia fará reunião extraordinária para votar a indicação de Otomar Vivian à presidência do Instituto de Previdência do Estado.
* Os escândalos fazem com que o PSP (Políticos Sem Partido) aumente. Esperam a maré baixar para ver o rumo que tomarão.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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