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Cláudio Humberto “Greve geral” fez barulho, mas não parou o País

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Doria é cotado para ser candidato a presidente em 2018. (Foto: Cesar Ogata/Prefeitura de SP)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

“Da próxima vez acordem mais cedo, vagabundos.”

João Doria Jr., prefeito de São Paulo, que já estava no trabalho quando a CUT chegou para impedir sua saída de casa.

Já no início da manhã desta sexta (28) o Palácio do Planalto celebrava o fiasco da “greve geral” convocada por sindicalistas ligados à CUT, braço sindical do PT. Protestos foram realizados, mas o País não parou, segundo avaliação do sistema de monitoramento do Palácio do Planalto. Os sindicalistas se dividiram em pequenos grupos, para ações pontuais, insuficientes para tornar realidade a prometida “greve geral”.

Agressões covardes

Mas houve conflitos com a sociedade. Com o fiasco, sindicalistas passaram a agredir pessoas no trânsito que não conseguiam bloquear.

Passageiros espancados

No aeroporto Santos Dumont, no Rio, bandidos com bonés e camisetas da CUT espancaram passageiros na fila do check-in e para pegar táxi.

Pobres sofreram

Um êxito da greve foi no transporte público de algumas cidades, onde os mais pobres não puderam exercer o direito de ir e vir.

Omissão criminosa

Profissionais de unidades públicas de saúde também negaram socorro a doentes, de maioria pobre, sem plano de saúde ou médico particular.

MPF preocupado com ‘pulverização’ da Lava-Jato

Chamou a atenção do Ministério Público Federal a aprovação do fim do foro privilegiado por unanimidade, no Senado. Depois, deu para entender os 75×0: os atuais investigados e réus na Lava-Jato ganham infinitas opções de recursos. Além disso, até para não sobrecarregar o juiz Sérgio Moro, há a possibilidade, prevista em lei, de pulverizar os processos para juízes dos Estados “onde os crimes foram cometidos”.

Somos todos Moro

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais) já demonstrou que não há apenas um Sérgio Moro, mas um “exército” deles em todo o País.

Ineditismo

Nenhuma das votações nominais realizadas pelo Senado este ano teve quórum tão alto de senadores quanto a PEC do fim do foro privilegiado.

Encafifado

O relator Randolfe Rodrigues ficou encafifado: Renan Calheiros votou, como ele, pelo fim do foro. “É orar e vigiar”, diz o senador da Rede-AP.

Reforma segue

Protestos contra Dilma levaram às ruas milhões contra o governo. Um mês depois ela estava na rua. O fiasco da “greve geral”, ao contrário, deu força à reforma da Previdência, avalia o Palácio do Planalto.

Governo das empreiteiras

No protesto em Brasília, sindicalistas do PT gritavam ao microfone pela “revolução socialista” para “derrubar o governo das empreiteiras”. O problema é que o governo do PT, das empreiteiras, já caiu.

Aliança do mal

Os atos de terror que incendiaram nove ônibus e várias lojas, no Rio, pode ter sido produto da retomada de uma velha aliança de ativistas da esquerda-caviar com o crime organizado que controla favelas.

Bandidos covardes

A Polícia Civil do Rio tem o dever de identificar prender sindicalistas que agrediram passageiros na fila do check-in no aeroporto Santos Dumont. É mole identificar os bandidos, há fartura de imagens.

Índios caíram fora

Índios deixaram os sindicalistas do PT desolados, ontem, quando começaram a levantar acampamento. Os carros de som apelavam para que eles aderissem ao protesto. Mas os índios deram no pé.

Folga geral

Como já era esperado, os únicos lugares lotados de gente ontem, como em qualquer véspera de feriadão, foram shoppings e aeroportos. Nas ruas, só a turma da CUT, que na verdade estava trabalhando.

Bombou
Um dos assuntos mais comentados no Twitter durante todo o dia de ontem não foi novidade para quem conhece a dupla PT/CUT. O termo #AGreveFracassou figurou em incontáveis perfis de trabalhadores.

Não tira da cabeça

Enquanto a CUT, fiel escudeira do PT, tentou promover greve geral na sexta, Lula não foi visto contestando as reformas. Aproveitou para falar sobre a provável delação de Palocci, agora sua maior preocupação.

Pensando bem…

… Lula não apareceu nos protestos contra as reformas ontem por um simples motivo: só faz greve quem trabalha.

PODER SEM PUDOR

Gazeteiros históricos

Não é de hoje a falta de disposição dos deputados para o trabalho. Campos Salles, que presidiu o Brasil entre 1898 e 1902, enviou uma carta ao então presidente da Câmara, deputado Xavier da Silveira, em que solicita sua “intervenção” para “obter o comparecimento dos deputados na sessão da Câmara”. Campos Salles se queixava em sua carta de 8 de abril de 1901 que “até hoje não temos um Orçamento sequer votado pela Câmara”. E advertia: “Nada pode ser mais grave do que isto”. Vai mais além: “É preciso não só que (os deputados) compareçam, mas que permaneçam durante a sessão, pois a praga é: entrar por uma porta e sair pela outra”.
Permanece atual.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/greve-gera-fez-barulho-mas-nao-parou-o-pais/ “Greve geral” fez barulho, mas não parou o País 2017-04-29
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