Economia Inflação para o consumidor fica estável em Porto Alegre e avança em outras três capitais na terceira semana de outubro
Por Redação O Sul | 24 de outubro de 2017
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) registrou alta em três das sete capitais pesquisadas na terceira semana de outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (24) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Em Porto Alegre, a inflação para o consumidor apresentou o mesmo resultado apurado na semana anterior, 0,36%. Nesta edição, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram aceleração em suas taxas de variação. Outras três desaceleraram.
Em sentido ascendente destaca-se o grupo despesas diversas, cuja taxa passou de 0,65% para 0,86%, e, em sentido descendente, o destaque ficou com o vestuário, de 0,75% para 0,10%, de acordo com a FGV.
O IPC-S subiu no Rio de Janeiro (de 0,08% para 0,16%), em Salvador (de 0,11% para 0,14%) e São Paulo (0,37% para 0,40%). Assim como Porto Alegre, Belo Horizonte manteve a mesma taxa da semana anterior, 0,47%. A inflação para o consumidor caiu em Brasília (de 0,29% para 0,14%) e Recife (de 0,26% para 0,20%).
Expectativa de Inflação do Consumidor
A expectativa média dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou de 6,7% para 6,4% entre setembro e outubro, devolvendo parte da alta apresentada no mês anterior. Em comparação com o mesmo período no ano anterior, houve recuo de 2,7 pontos percentuais.
“Em convergência com a análise feita no último mês, a expectativa de inflação dos consumidores voltou a cair. Tal fato era esperado, na medida que a inflação efetiva acumulada e a inflação esperada pelo mercado continuam em queda”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV.
Na distribuição por faixas de inflação, chama atenção o forte aumento da frequência de respostas abaixo do limite inferior de tolerância (3%) da meta do Banco Central: a parcela dos que projetaram inflação abaixo de 3% saltou de 10,7%, em setembro, para 16,5%, em outubro. No mesmo período, a proporção de consumidores projetando inflação abaixo da meta de 4,5% passou de 32,6% para 38,6% do total.
A inflação média esperada pelos consumidores recuou em três das quatro faixas de renda. A redução do indicador em outubro foi influenciada pela expectativa das famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 que recuou 1,1 pontos em relação a setembro. A expectativa de inflação dos consumidores de menor poder aquisitivo (renda familiar até R$ 2.100 mensais) foi a única a apresentar alta, variando de 8,2% para 8,4%.
Indústria
A prévia da Sondagem da Indústria de outubro deste ano sinaliza alta de 1,9 ponto do ICI (Índice de Confiança da Indústria) em relação ao número final de setembro. O índice avançaria para 94,7 pontos, o maior desde abril de 2014 (97,0 pontos), informou nesta terça-feira a FGV.
