Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2017
Caracas vive horas de grande tensão com duas megas manifestações, contra e a favor do governo presidido por Nicolás Maduro. Os confrontos com a força de choque da polícia provocaram a morte a um estudante de 17 anos, que foi atingido com um tiro na cabeça por desconhecidos. No estado de Táchira, no extremo oeste do país, uma mulher morreu, também por causa de um disparo, segundo disseram testemunhas e familiares.
As notícias dão conta de confrontos com as forças policiais, não só na capital venezuelana, como em San Cristobal, Santa Mónica, Maracaibo e El Paraíso.
Em paralelo às manifestações contra Maduro, o governo anunciou uma “marcha histórica” hoje, em Caracas, para assinalar o 207.º aniversário da ‘revolução’ de 1810, que levou à independência do país.
O ambiente está incendiado com a decisão do governo de entregar armas aos civis, uma medida que já foi condenada pela OEA, a Organização dos Estados Americanos.
Os protestos são contra a alegada rutura constitucional e contra duas sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento, onde a oposição detém a maioria.
Antecipando o protesto dos opositores, o Presidente ordenou às Forças Armadas Bolivarianas que se dispersem por todo o país e anunciou que aprovou um plano para aumentar para 500.000 os membros da Milícia Bolivariana que, armados, serão enviados “em defesa da moral, da honra, do compromisso com a pátria”.