Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2015
Em mais uma sentença da Operação Lava-Jato, a Justiça Federal no Paraná condenou, na quarta-feira, cinco executivos da empreiteira OAS por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Eles deverão cumprir pena de até 16 anos de reclusão. Cabe recurso à decisão judicial.
O presidente da empresa, José Aldemário Pinheiro Filho, o Leo Pinheiro, foi condenado a uma pena de 16 anos e quatro meses de reclusão, assim como o Agenor Franklin Magalhães Medeiros, que era diretor da área internacional da OAS.
Mateus Coutinho de Sá Oliveira, ex-diretor financeiro da empreiteira, e José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS, apontado como responsável pelo contato com o doleiro Alberto Youssef, foram condenados a 11 anos por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O executivo Fernando Augusto Stremel Andrade recebeu uma condenação por lavagem de dinheiro, e prestará serviços comunitários por quatro anos. Esta foi a segunda sentença da Lava-Jato a condenar os líderes das principais empreiteiras do País. A primeira foi no final de julho, quando executivos da Camargo Corrêa foram condenados por corrupção e lavagem de dinheiro.
Os desvios cometidos pela OAS chegaram a cerca de 30 milhões de reais, sustenta o Ministério Público Federal, dinheiro obtido em contratos da Petrobras.
A propina veio de duas obras da estatal: a Repar (Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná) e a Rnest (Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco). Segundo a denúncia, a OAS pagava 1% de propina sobre o valor dos contratos com a estatal ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Junto com outras empresas, a empreiteira acertava o valor das licitações e seus vencedores, viabilizando o esquema.