Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A permanência do presidente Michel Temer só vai acirrar a pior crise já vivida na política brasileira. A renúncia seria um gesto extremo e sem volta, na hipótese de sua defesa encontrar sustentação. A solução está no pedido de licença temporária que faria acelerar as investigações e chegar às conclusões que a população aguarda. Para amainar a pior tempestade da política brasileira, Temer deve pedir licença.
Desgaste fortíssimo
Temer, no pronunciamento de ontem, mais uma vez se apegou a questões formais. Não consegue tapar o sol com a peneira porque o problema está no conteúdo. Quando afirma que “as provas são criminosas”, não pode ocultar que recebeu em sua residência um empresário carimbado por encrencas para “trocar ideias”.
O novo grito esperado
Faltam cinco anos para o Brasil comemorar os 200 anos da independência. Os dois gritos de Dom Pedro I em 1822 foram “independência ou morte” e “laços fora”, referindo-se às insígnias da coroa portuguesa nas fardas dos militares que o acompanhavam.
Prejuízos brutais
A mistura do dinheiro público com interesses privados, na história recente, arruinou o conceito da política. Ao mesmo tempo, abalou a economia, diminuindo produção, empregos e renda. Impulsionou também Estados à penúria com quedas visíveis na prestação de serviços públicos. Os episódios criminosos que envergonham o País devem ensejar o brado forte de “fora corrupção”. A libertação de um esquema espúrio de desvios será a melhor maneira de comemorar o bicentenário.
Perfil completo
21 A Ópera do Malandro, de Chico Buarque, composta em 1987, está atualíssima: “Agora já não é normal/ o que dá de malandro regular, profissional/ malandro com aparato de malandro oficial/ malandro candidato a malandro federal/ malandro com retrato na coluna social/ malandro com contrato, com gravata e capital/ que nunca se dá mal.”
A menos
Os cálculos foram refeitos e o Dia da Liberdade de Impostos este ano será assinalado a 1º de junho. Economistas calculam que, em média, considerando a renda dos 12 meses, cada brasileiro trabalhará os primeiros 151 dias do ano para pagar tributos aos governos. Uma das ações para comemorar será a venda de gasolina em alguns postos de capitais, incluindo Porto Alegre, a 2,14 reais o litro. É o preço sem a incidência de impostos.
Triste constatação
A violência nas cidades e a crise econômica têm feito número cada vez maior de brasileiros sonharem com a mudança para o exterior. Antes, o principal destino era Miami. Recentemente, Portugal se tornou o destino predileto. Desde 2006, mais de 100 mil brasileiros obtiveram a cidadania portuguesa.
Retomada
O PSDB marcou para o próximo sábado, em Porto Alegre, o encontro de prefeitos. Na sexta-feira, lideranças achavam que o tsunami Aécio Neves deveria provocar o adiamento. Voltaram atrás ontem.
Para ampliar conhecimentos
Em breve, faculdades vão ofertar novo curso: Marketing do Estelionato Político.
Faltam votos
O governo deixará passar mais uma semana sem votar na Assembleia Legislativa o que falta do pacotão de 2016.
Rumo perigoso
Pagando um pedágio amargo, a política brasileira percorre o trecho entre o incerto e o indefinido.
Definição
Demorou, mas agora se sabe: JBS é a sigla de Jogo Básico do Suborno.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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