Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2017
O líder do MST, João Pedro Stédile, afirmou que o interrogatório conduzido pelo juiz Sergio Moro nesta quarta-feira (10) é uma tentativa de impedir a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018.
“Essa audiência de amanhã pode ser amplamente manipulada para fins políticos daqueles que não querem dar o direito de o Lula ser candidato”, disse nesta terça (9), em acampamento de movimentos em apoio ao ex-presidente, em Curitiba.
Ônibus de militantes têm chegado ao local, que fica ao lado da rodoviária da capital, durante todo o dia. O acampamento fica em área da União e sua montagem foi negociada com autoridades locais, já que a prefeitura de Curitiba proibiu que as estruturas sejam levantadas em área do município. Até o dia do depoimento, eles organizam atos em defesa do ex-presidente e contra pautas do governo Michel Temer, como a Reforma da Previdência.
Para Stédile, “Lula já é candidato e não precisa ninguém defender”, mas o ato tem como bandeira “o direito de ele ser julgado com justiça”.
“Estamos defendendo o direito de o julgamento ser transmitido [ao vivo] pela televisão. Isso é que é democracia”, disse. Em palanque, voltou a fazer o pedido: “O processo não é público? Então que seja transmitido do publico”.
Segundo ele, os depoimentos são “manipulados” e “o que interessa” é passado às redes de televisão –na verdade, os depoimentos da Lava Jato são disponibilizados integralmente no processo depois das audiências.
“Eles tentam de qualquer maneira impedir a candidatura do Lula. A nossa sorte, Deus existe, é que esse governo golpista e ilegítimo só dá um tiro no pé porque eles vieram com muita sede ao pote de cometer atropelos contra a classe trabalhadora”, disse o líder o MST. Stédile defende novas eleições como solução para a crise política. (Folhapress)