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Mundo Líderes da União Europeia criticaram as indefinições a menos de um ano da saída do Reino Unido do bloco econômico

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Reino Unido deixa o bloco em março de 2019. (Foto: Reprodução)

A menos de um ano da saída do Reino Unido da União Europeia, as indefinições ainda existentes foram alvo de críticas de líderes do bloco. O Conselho Europeu publicou um comunicado conjunto dizendo que ainda não houve progresso o suficiente nas negociações do “Brexit”, o nome dado à saída britânica da União Europeia, programada para março de 2019. A nota foi emitida no segundo e último dia da cúpula europeia em Bruxelas.

Na véspera, os países haviam discutido a crise migratória. O Conselho Europeu – órgão que define as políticas do bloco econômico – indicou estar especialmente insatisfeito com a questão irlandesa. Ainda não se sabe, afinal, como será resolvida a fronteira entre as vizinhas Irlanda do Norte (um território britânico) e Irlanda (um país-membro da União Europeia) depois do Brexit.

Quando o Reino Unido já não estiver no bloco, precisará decidir como controlar a passagem de pessoas e bens entre essas duas regiões, localizadas em uma mesma ilha. A opção de construir uma fronteira rígida é improvável, já que a liberdade de movimento está na base dos acordos de paz feitos nos anos 1990.

O comunicado de sexta-feira repete os argumentos já expostos últimos meses, sem trazer novas informações, mas serve de lembrete de que a menos de um ano do “Brexit” ainda há temas urgentes sem solução. Isso põe ainda mais peso em cima da já pressionada primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May.

“Tivemos um enorme progresso no ‘Brexit’, mas ainda há sérias divergências, em especial quanto à Irlanda e à Irlanda do Norte”, disse Michael Barnier, o negociador-chefe da União Europeia. “Agora estamos esperando os planos britânicos, e eu espero que tragam propostas realistas e factíveis. Mas o tempo é curto”, afirmou.

A grande novidade desta cúpula em Bruxelas, no entanto, não é o “Brexit” e sim o acordo migratório alcançado entre os líderes europeus.

Na madrugada de sexta-feira, quando ainda era noite em Brasília, o bloco decidiu abrir centros de acolhida e processamento de pedidos de asilo, a serem instalados de maneira voluntária pelos países-membros. Essa estratégia pode desafogar a Itália, onde chega a maior parte dos refugiados saídos do norte da África com rumo à Europa.

Essa saída beneficia imediatamente o governo nacionalista de direita italiano, liderado pelo populista Liga. A Itália ameaçava boicotar qualquer acordo sobre a migração que não atendesse a ao menos parte de suas exigências –seus diplomatas marcaram, portanto, um importante ponto durante a cúpula.

Na sexta-feira, o ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, disse estar “satisfeito e orgulhoso” dos resultados de seu governo em Bruxelas. “Finalmente a Europa foi forçada a discutir uma proposta italiana e finalmente a Itália já não está mais isolada”, ele afirmou.

A Alemanha também se beneficia, em parte, do tratado migratório. A chanceler alemã, a conservadora Angela Merkel, vinha sendo pressionada por seus parceiros de coalizão, que ameaçavam derrubar o recém-criado governo caso ela não voltasse para casa com uma solução satisfatória à crise dos refugiados.

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