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Colunistas Meses, deuses e vaidades

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Arte: Marcos Cunha/O Sul

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

“Não existem sinônimos. Há somente as palavras necessárias. O bom escritor as conhece.”
Jules Renard (1864-1910)

Ops! Chegamos ao meio do ano. Junho é o sexto mês. O avanço do calendário provoca curiosidades. Uma delas se refere ao nome de cada um da turma dos 12. Eles se chamam assim ou assado por capricho ou por causa que nem todos conhecem?

A história tem lógica. Baseia-se nos movimentos da Lua e da Terra. O dia tem a ver com o movimento de rotação – tempo que nosso planetinha leva para dar um giro em torno do próprio eixo. A semana corresponde à duração das fases da Lua. O mês, ao movimento de translação – passeio da Terra em torno do Sol.

Daí surgiram os calendários. Segundo a lenda, Rômulo, o primeiro rei de Roma, teria criado o primeiro – com 10 meses. Começava em março e terminava em dezembro. Pompílio, o sucessor, acrescentou janeiro e fevereiro. Mas os pôs no fim da lista. Mais tarde, os caçulinhas mudaram de lugar. Viraram primeirões.

O nome

Janeiro: O primeirão se chama janeiro em homenagem a Jano. O deus da mudança (dos começos e dos fins) tinha duas caras que olhavam em direção oposta. Uma mirava o passado (o ano que acabava); a outra, o futuro (o ano que começava).

Fevereiro: O nome homenageia Februa, deus da purificação dos mortos.

Março: Como Márcio e marciano, março deriva de Marte, o deus da guerra.

Abril: O dissílabo tem tudo a ver com aprilis. Já ouviu falar? Trata-se da comemoração sagrada em homenagem a Vênus – a deusa do amor e da entrega.

Maio: Nascido no Hemisfério Norte, onde o inverno mata gente, bichos e plantas de frio, maio se identifica com a primavera. As comemorações que se faziam depois da neve reverenciavam Maia e Flora – deusas relacionadas ao crescimento de plantas e flores.

Junho: Juno, origem de junho, é o nome romano de Hera, a primeira-dama do Olimpo. Defensora incondicional do casamento, a mulher de Zeus se tornou protetora da maternidade. Junho a homenageia.

Julho: Antes de janeiro e fevereiro mudarem de lugar, julho era o quinto mês. Nada mais lógico que se chamar quintilis. Mas, em 44 a.C., mudou de nome em homenagem a Júlio César. O grande líder romano, assassinado por gente de casa, disse ao ver o algoz: “Até tu, Brutus, meu filho?”

Agosto: Olha a ciumeira. Agosto era o sexto mês do ano. Chamava-se sextilis. Mas, como julho bagunçou o calendário, o primeiro imperador de Roma (sucessor de Júlio César) não ficou atrás. “Eu também quero”, exigiu ele. Levou.

Setembro, outubro, novembro e dezembro: O quarteto não deu bola pra mudança de janeiro e fevereiro. Manteve o nome. Setembro, do latim septe, era o sétimo mês do ano. Outubro, de octo, o oitavo. Novembro, de nove, o nono. Dezembro, de decem, o décimo.

Importância

Não foi mole. Até chegar à forma de hoje, o calendário sofreu muitas adaptações. Com elas, falhas foram corrigidas. A última foi do papa Gregório XIII. Foi em 1582. Por isso nosso calendário se chama gregoriano.

Palavrões

Quebrar uma norma aqui, outra ali, pode ser até divertido. Mas não vale exagerar. As regras do ‘menos é mais’ e do ‘menor é melhor’ foram varridas desta frase: O paciente pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico não teve todos os direitos de tratamento, o que é falta anticonstitucionalissimamente grave.

Entendeu? A primeira grandona, a mais comprida da língua portuguesa, descreve quem caiu doente por aspiração de cinzas vulcânicas. Tem 46 letras. A outra, a segunda maior, tem 29. Não é interessante? Durma-se com um barulho desses! Ou melhor, com uns palavrões desses!” (João Manoel Moreira Aparecida)
Leitor pergunta

“Como se pronuncia a palavra voucher?”
Gilberto Martins Melo

A inglesinha voucher se pronuncia mais ou menos assim – vaucher. Voucher, convém lembrar, é vale ou cheque que assegura pagamento de futuras despesas.

“Existem regras para a pronúncia das siglas? Tenho dúvidas.”
Maria José Cunha

As siglas não gozam de privilégios. Pronunciam-se como as demais palavras da língua.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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HORÓSCOPO – 04/6/2015 (QUINTA-FEIRA) – MÔNICA HORTA
Documentário que resgata a trajetória de Magda Renner e Giselda Castro será exibido no 45º Festival de Cinema de Gramado
https://www.osul.com.br/meses-deuses-e-vaidades/ Meses, deuses e vaidades 2015-06-04
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