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Mundo Morre mulher do caso que culminou na legalização do aborto nos EUA

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Norma McCorvey, à esquerda, e sua advogada Gloria Allred de mãos dadas fora do Supremo Tribunal em 1989. (Foto: Reprodução)

Usando o pseudônimo Jane Roe, Norma McCorvey encabeçou o desafio legal que culminou na decisão da Suprema Corte americana, em 1973, de legalizar o aborto em todo o país. McCorvey morreu neste sábado (18), aos 69 anos, por insuficiência cardíaca.

O CASO ‘ROE X WADE’

McCorvey, que vivia no Texas, tinha 22 anos, estava solteira e desempregada, quando engravidou de seu terceiro filho. Quis fazer um aborto, mas à época, em 1969, a interrupção da gravidez era proibida, com exceção de casos para salvar a mulher. Assessorada por sua advogada, McCorvey decidiu recorrer à Justiça sob o pseudônimo de Jane Roe e enfrentou o promotor de Dallas, Henry Wade.

Sua filha nasceu e foi adotada, mas o caso ganhou vida própria, avançando até chegar à Suprema Corte, e se tornando uma das decisões mais importantes e conhecidas já tomadas pela maior jurisdição dos Estados Unidos, por sete votos a dois. Segundo a decisão, o direito à privacidade, garantido pela Constituição, permitiria à mulher que decidisse concluir ou não sua gestação.

A sentença do caso “Roe x Wade” teve uma existência turbulenta e seu alcance foi sendo reduzido por decisões posteriores da Suprema Corte. A contribuição principal sobreviveu, porém, cumprindo seu papel de contenção em momentos em que o direito ao aborto ficou sob ataque de legisladores nos estados de maioria republicana.

Atualmente, a vitória de Donald Trump pressupõe uma mudança de conjectura. A Casa Branca e o Congresso agora são controlados pelos adversários da interrupção voluntária da gravidez. Ironicamente, décadas depois, McCorvey (que chegou a fazer campanhas em apoio a clínicas de aborto nos anos 1980) se tornou evangélica e uma fervorosa opositora ao procedimento.

Mais tarde, se converteu ao catolicismo. “Eu sou 100% pró-vida. Não acredito em aborto, mesmo em uma situação extrema. Você não deve agir como seu próprio Deus”, declarou à imprensa em 1998. Chegou a ser presa duas vezes durante protestos —a saúde frágil nos últimos anos a afastou das manifestações. Também escreveu um livro em que narra a juventude de abusos e envolvimento com álcool e drogas.

McCorvey, que passou a dizer que foi usada por sua advogada, reafirmava que nunca chegou a fazer um aborto.

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