Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de julho de 2016
Uma jovem de 29 anos com 70% do corpo queimado foi submetida com sucesso ao primeiro transplante no mundo de pele humana fabricada com as próprias células do paciente. A técnica pioneira combina engenharia de tecidos e nanoestruturas para dar mais elasticidade e permitir tratar a pele.
O inovador procedimento, que evita rejeições, reduz as possibilidades de infecção e aumenta a recuperação do paciente, ocorreu na Espanha.
Trata-se também do primeiro transplante internacional a utilizar um modelo de pele fabricada a partir das células do próprio paciente e agarose, uma substância química obtida de algas marinhas que melhora a elasticidade da pele artificial, aumenta sua espessura para permitir a manipulação e atende aos padrões europeus de fabricação de remédios.
Propriedades.
A equipe de 80 pesquisadores que possibilitaram o transplante ressaltaram que uma das características desta nova pele humana consiste em suas propriedades de deformação, que permitem tanto o manejo cirúrgico como a adaptação às necessidades do paciente.
Esse foi o primeiro transplante do mundo para um caso envolvendo graves queimaduras. Existem outras técnicas nos Estados Unidos que utilizam pele artificial, mas que se adequam a pequenas áreas queimadas e não são fabricadas com as células do paciente, por isso pode gerar rejeições e aumentar as chances de infecção.
No transplante, a equipe utilizou duas lâminas de pele da jovem de quatro centímetros quadrados cada para fabricar 5,9 mil centímetros que, em duas intervenções, foram implantados em seu corpo.