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Mundo Mulheres seminuas representando o símbolo nacional da República Francesa saíram às ruas de Paris em protesto silencioso

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A performance teve a direção da artista luxemburguesa Deborah de Robertis. (Foto: Reprodução)

O sábado (15) contou com um movimento original em Paris. Várias mulheres saíram às ruas seminuas com um casaco vermelho em representação de Marianne, o símbolo nacional da República Francesa. A performance, um mês após o início do movimento, acompanhou milhares de coletes amarelos que foram às ruas de cidades da França, no quinto fim de semana de mobilização, apesar das concessões e apelo à calma feitos pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

No protesto das “Mariannes”, as manifestantes olhavam para a polícia em silêncio com o corpo coberto de tinta prateada. Além de evocarem a imagem de Marianne – a efígie de França que nasceu do quadro de Delacroix, “Liberdade Guiando o Povo” – a escolha dos casacos vermelhos lembra também uma série norte-americana.

O seriado “The Handmaid’s Tale” narra uma América tomada por uma seita ultraconservadora, em que as mulheres são relegadas para a condição subalterna de mães e donas de casa. Na ficção, premiada com vários Emmy, as mulheres que têm como função procriar são obrigadas a usar uma veste vermelha com um capuz, que os casacos das manifestantes de Paris evocaram no seu protesto.

A performance teve a direção da artista luxemburguesa Deborah de Robertis. “A obra silenciosa e a imagem falam por si; o título é ‘Marianne observa'”, explicou Deborah de Robertis, como se a liberdade republicana estivesse ameaçada pela repressão.

Volume de vendas

Os cinco sábados consecutivos de manifestações dos coletes amarelos provocaram uma queda de 30% no volume de vendas em dezembro, na França. Mais de 500 lojas tiveram vitrines quebradas, foram saqueadas, ou sofreram outros estragos durante os tumultos segundo Didier Kling, presidente da Câmara de Comércio e Indústria da região de Île de France, onde está localizada a capital, Paris.

Diante da situação, os comerciantes franceses estão propensos a abrir as portas à noite para diminuir o prejuízo. “Temos que vender todas as mercadorias compradas que estão nas lojas. Somos favoráveis à abertura noturna, mas é preciso que haja aceitação da parte dos funcionários”, diz. Segundo Kling, abrir mais lojas no domingo, como já é o caso de várias butiques na capital, não seria a melhor solução nesse momento, já que a medida não permitiria compensar as perdas até o Natal.

Os protestos dos últimos finais de semana geraram um prejuízo de mais de € 2 bilhões no setor, que não poderão mais ser recuperados até fim do ano, segundo o Conselho Nacional dos Centros Comerciais da França. De acordo com um comunicado divulgado nesta segunda-feira (17) houve uma queda de frequentação de 10% nos shoppings franceses em relação ao mesmo período do ano passado.

O órgão tomou como referência 280 dos 800 centros comerciais espalhados pelo país. “Este é o quinto fim de semana desde o início da crise dos coletes amarelos, o que causou um forte impacto nas atividades dos lojistas”, diz o representante do Conselho, Gontran Thüring. O setor, lembra, representa 5% do PIB e mais de 525 mil empregos locais, ou seja, que não podem ser “deslocalizados”.

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