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Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2016
Trabalhadoras e trabalhadores nascidos entre o fim da década de 1960 e meados dos anos 1970 e que entraram no mercado com carteira assinada a partir do final dos anos 1980 serão os mais prejudicados pela Reforma da Previdência. As mulheres dessa geração sofrerão ainda mais os impactos da PEC 287, caso sejam aprovadas a idade mínima de 65 anos para se aposentar, com tempo mínimo de contribuição de 25 anos, e regras iguais tanto para elas quanto para homens.
Estudo do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) retrata a dimensão do que a proposta do governo Michel Temer provocará na vida de trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos com as alterações na Constituição encaminhadas ao Congresso. O levantamento mostra que, por exemplo, uma mulher terá de contribuir com mais 17 anos para a Previdência em relação ao que teria de recolher sob as regras atuais.
“A sociedade precisa saber o impacto da PEC 287, até mesmo para poder se posicionar se é contra ou a favor das alterações. Vai ser uma pancada muito forte em toda uma geração”, adverte Neuriberg Dias, analista político e assessor parlamentar do Diap.
O texto da reforma estabelece idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres que tenham contribuído por, no mínimo, 25 anos. A regra, caso seja aprovada pelo Congresso, valerá para homens com idade inferior a 50 anos e mulheres com menos de 45 anos. Acima desses patamares haverá transição. (AD)