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Armando Burd No escuro, por enquanto

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Rubem Braga e Carlos Scliar na Itália com a Força Expedicionária Brasileira em 1944. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governo federal tem incorrido em erro ao não abrir os números que embasam o projeto da reforma da Previdência Social. É o que dá munição às versões, muitas vezes sem fundamento, da oposição.

Segredo injustificado

Entidades sindicais, no começo deste mês, pediram esclarecimentos e a resposta do Ministério da Economia foi esta: “Entende-se que neste momento os documentos devem ser mantidos como de acesso restrito. A antecipação de dados e informações, antes que se inicie a discussão de mérito da proposta no Congresso Nacional, pode trazer prejuízos à sua tramitação, pelo risco de interpretações equivocadas ou utilização inadequada, em prejuízo do interesse público envolvido.”

Mais um exemplo

Outro pedido foi feito em relação à declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a reforma da Previdência reduzirá em 1 trilhão de reais as despesas em 10 anos. A resposta sobre o detalhamento também foi a negativa.

Difícil entender

Faltando elementos para o debate com fundamentos na Câmara dos Deputados, o governo conduz a reforma ao risco de inviabilização.

Em busca do impossível

Entre 25 projetos protocolados para mudar a lei eleitoral há dois que jamais seguirão em frente: um extingue o fundo para custear despesas de campanhas e o outro impede o uso dos espaços de propaganda obrigatória de candidatos em rádio e TV. Os autores, senador Marcio Bittar, do MDB, e deputado federal Betinho Gomes, do PSDB, receberam o carimbo de colegas: piadistas do ano.

Desconfiança

Após pesquisas em documentos e relatos colhidos no Brasil e na Itália, que se estenderam por três anos, Helton Costa está lançando o livro Crônicas de Sangue – Jornalistas Brasileiros na II Guerra Mundial.

O autor revela que, inicialmente, houve proibição e os jornalistas não viajariam com as tropas. Diante da insistência, veio a autorização “mas foram atendidos com uma baita má vontade pelos oficiais na Itália”, conta Helton. “Só após um jantar com o comandante da Força Expedicionária Brasileira, general Mascarenhas de Moraes, tudo melhorou e eles ganharam carta branca para andar pelo front sempre que possível”, acrescenta.

A palavra como arma

Entre os correspondentes que foram à Itália estavam Rubem Braga, Joel Silveira, Egydio Squeff e Raul Brandão. A participação do repórter Carlos Lacerda foi vetada por seus vínculos com o Partido Comunista naquela época. A partir da década de 1950, tornou-se líder do pensamento liberal no País.

Imagens da guerra

O artista plástico Carlos Scliar, que nasceu em Santa Maria e viveu em Porto Alegre, foi convocado pela Força Expedicionária Brasileira em 1943. Um ano depois, seguiu para a Europa, integrando escalão comandado pelo general Cordeiro de Farias. Retornou em 1945, quando passou a desenhar casas, companheiros fardados e imagens da guerra, formando a série “Com a FEB na Itália”.

Há 65 anos

A 21 de abril de 1954, o presidente da República, Getúlio Vargas, compareceu a Ouro Preto para a solenidade em memória de Tiradentes. No discurso, mostrou-se ressentido com os ataques à sua administração: “Invocam o direito de crítica para a impunidade da calúnia. Todas as invenções e perversões do mercado livre da intriga, agitação e escândalo só concorrem para prejudicar a nação.” Quatro meses e três dias depois, diante da exigência de que renunciasse, Vargas se suicidou.

Acertou no alvo

Brasília completa hoje 59 anos. É insuperável a definição do economista Roberto Campos: “A capital federal é um bazar de ilusões e uma usina de déficits.”

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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