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Brasil Ex-governador de Minas Gerais, agora na prisão, perdeu um salário de 25 mil reais como consultor da Federação das Indústrias

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Político foi condenado a 20 anos de cadeia por envolvimento no "mensalão tucano".

A Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais) rescindiu o contrato de consultoria com o ex-governador Eduardo Azeredo, do PSDB, devido à sua prisão, na quarta-feira, por envolvimento no chamado “mensalão tucano”. Desde 2015, ele prestava o serviço como engenheiro para a área internacional da entidade, com um salário de R$ 25 mil.

De qualquer forma, mesmo sem a prisão, o contrato de Azeredo com a Fiemg poderia ser encerrado neste mês, quando assume uma nova gestão na entidade. Na tarde passada, uma cerimônia marcou a transmissão do mandato do presidente Olavo Machado Júnior para o seu sucessor eleito, Flávio Roscoe.

Em seu primeiro dia preso em uma sala especial (a cerca de um quilômetro da sua casa, em região nobre da capital Belo Horizonte), o ex-governador passou a ter direito ao uso de rádio e TV. Ele também pode receber refeições diárias enviadas por familiares, “devido a restrições médicas, conforme receituário apresentado”, segundo a Secretaria de Administração Penal do Estado.

O órgão ressalvou, porém, que o horário das refeições será o mesmo adotado em todo o sistema prisional, com café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Por determinação da Justiça, o tucano cumpre a sentença em um batalhão do Corpo de Bombeiros, em virtude do cargo de ex-governador e também devido à falta de condições adequadas nas penitenciárias mineiras.

Ele tem direito a duas horas diárias de banho de sol, que será realizado na área da quadra da Academia de Bombeiros. Azeredo está preso sozinho em uma sala de 27 metros quadrados, sem grades, com cama, mesa de apoio e banheiro com chuveiro elétrico.

Também por determinação da Justiça, Azeredo tem acompanhamento de agentes penitenciários e está desobrigado de usar o uniforme do sistema carcerário.

A defesa de Azeredo informou que não teve contato com ele nessa quinta-feira. Os advogados esperam a publicação do acórdão do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), que determinou a prisão, para recorrer a tribunais superiores e pedir a suspensão da decisão.

Entenda o caso

Eduardo Azeredo foi condenado a 20 anos e um mês de prisão em regime fechado pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como “mensalão tucano”.

Após perder todos os recursos na segunda instância da Justiça, a sua prisão foi determinada na última terça-feira. Ele chegou a ser considerado foragido até o dia seguinte, quando se entregou às autoridades.

O mensalão tucano é considerado o embrião do esquema de mesmo nome relacionado ao PT. De acordo com o Ministério Público, os ilícitos foram cometidos durante a fracassada campanha de reeleição de Azeredo ao governo mineiro em 1998.

Em 2007, a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou ao STF (Supremo Tribunal Federal) 15 pessoas por um esquema de desvio de R$ 3,5 milhões em recursos estatais e empréstimos fictícios que abasteceu a campanha de Azeredo, então senador.

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