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Brasil O governador de Santa Catarina é acusado de trair o bolsonarismo

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Carlos Moisés (PSL) se pronunciou sobre a definição do Tribunal de Julgamento do Impeachment. (Foto: Governo SC)

Decidido a permanecer no PSL mesmo com a saída do presidente Jair Bolsonaro, o governador de Santa Catarina, Comandante Moisés, vem travando desde o início de seu mandato uma batalha com setores da sigla no estado. Parlamentares o acusam de ter usado as pautas bolsonaristas para se eleger e, após tomar posse, fazer uma gestão mais próxima ao centro político. Assim como o presidente da República viu a bancada federal do PSL rachar, Moisés enfrenta oposição de seus próprios correligionários na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina).

A bancada estadual do PSL deverá ser fortemente reduzida quando Bolsonaro oficializar a criação de seu partido, a Aliança pelo Brasil. A expectativa é que quatro dos seis deputados estaduais do partido em Santa Catarina sigam o presidente. A maioria dos deputados federais catarinenses do PSL tem a mesma intenção.

Na quarta (13), a vice-governadora Daniela Cristina Reinehr divulgou uma nota manifestando seu interesse em migrar para a Aliança pelo Brasil, em um movimento dissociado do governador. “Viemos até aqui com o presidente e assim permanecerei”, afirma.

Pedidos de expulsão

Assim como Bolsonaro, Moisés tem origem militar. Fez carreira no Corpo de Bombeiros e ingressou na política no ano passado, às vésperas da eleição. O PSL foi o seu primeiro partido. Santa Catarina é o Estado em que o Bolsonaro teve o seu melhor desempenho no primeiro turno, com 66% dos votos válidos.

Atitudes do governador, como receber parlamentares do PT e representantes do MST na sede do governo, desagradaram a parte dos deputados estaduais do PSL. Moisés também não se mostrou disposto a levar adiante o projeto Escola Sem Partido, uma das bandeiras do bolsonarismo em 2018. E sofreu ataques por ter retirado a isenção de ICMS de agrotóxicos para beneficiar produtos orgânicos. No fim de outubro, a deputada estadual Ana Campagnolo, integrante da bancada do PSL e crítica ao governador, o acusou em pronunciamento na Alesc de ter sido eleito “por se dizer alinhado com Bolsonaro”, mas ter se afastado dessas ideias.

“Bolsonaro tem um estilo. Quem votou em um governador do PSL esperava as mesmas atitudes, a mesma pegada. E aqui ele (Moisés) é bem diferente”, acusa o deputado estadual Jessé Lopes (PSL). “Todos que são novos na política, como ele, foram eleitos por causa dessa onda (bolsonarista). É muita arrogância acreditar que foi por méritos próprios.”

Lopes, que apresentou requerimento por informações sobre gastos de manutenção da residência oficial do governador, e Ana Campagnolo foram alvos de pedidos de expulsão do PSL em razão das críticas ao governo. O deputado acusa Moisés de estar por trás do pedido e diz que ele mostra ingratidão com Bolsonaro. O PSL catarinense é presidido por Lucas Esmeraldino, secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Moisés.

Assim como aconteceu na Câmara dos Deputados, o líder do PSL na Alesc também foi trocado no mês passado. Os quatro parlamentares críticos ao governador destituíram do posto Ricardo Alba, aliado de Moisés, e colocaram Sargento Lima, da ala opositora, após um jantar com Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

“Nossas pautas ideológicas muitas vezes não são observadas por ele (Moisés), tanto em questões econômicas como conservadoras”, diz o novo líder.

 

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https://www.osul.com.br/o-governador-de-santa-cataria-e-acusado-de-trair-o-bolsonarismo/ O governador de Santa Catarina é acusado de trair o bolsonarismo 2019-11-17
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