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Brasil Governo reconhece que fala do ministro da Educação estimulou manifestações

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Na avaliação do ministro, é preferível dar autonomia às universidades porque isso traria benefícios concretos "muito maiores" do que a cobrança de quem tem recursos. (Foto: Divulgação)

De forma reservada, auxiliares próximos do presidente Jair Bolsonaro avaliam que o discurso mais incisivo do ministro da Educação, Abraham Weintraub, acabou dando gás às manifestações desta quarta-feira (15) de professores e alunos contra o contingenciamento de verbas no setor.

O monitoramento inicial indicava uma mobilização pequena da categoria contra a reforma da Previdência. Mas, depois do movimento errático de Weintraub, que sinalizou com cortes em universidades onde houvesse “balbúrdia”, o ministro incendiou uma mobilização mais ampla em todo o País.

“É preciso tomar cuidado com as palavras. Faltou habilidade do ministro Weintraub. Com isso, ele deu um pretexto para as mobilizações e para a convocação pela Câmara”, ressaltou um auxiliar próximo do presidente, em referência também ao fato de que o ministro foi chamado para dar esclarecimentos em audiência no Congresso na tarde desta quarta-feira.

Mais declarações 

Weintraub disse nesta quarta-feira, em sessão no plenário da Câmara dos Deputados, não ser responsável pelo atual contingenciamento (bloqueio) de verbas no setor. Ele afirmou ainda que a prioridade do governo é o ensino básico, fundamental e técnico. “Não somos responsáveis pelo contingenciamento atual”, afirmou, atribuindo a culpa ao governo da petista Dilma Rousseff, que tinha Michel Temer como vice. “Este governo, que tem quatro meses, não é responsável pela situação”, disse.

Weintraub afirmou que a educação apresentou uma “involução” nos últimos anos, declaração que provocou aplausos de deputados aliados do governo e vaias de oposicionistas. “O orçamento atual foi feito pelo governo eleito Dilma Rousseff e Michel Temer, que era vice. Nós não votamos neles. Não somos responsáveis pelo desastre da educação brasileira. O sonho das pessoas é colocar os filhos na educação privada, não na pública”, declarou.

Convocado para falar sobre os bloqueios no orçamento das universidades, Weintraub afirmou que o ensino superior é uma área onde o país “está, entre aspas, bem”. “Não estou querendo diminuir o ensino superior. Ao que a gente se propõe? Cumprir o plano de governo que foi apresentado. Prioridade é ensino básico, fundamental, técnico”, afirmou.

Weintraub disse ainda que não há um corte. Segundo ele, o governo está “obedecendo a lei”. “Não tem corte. Se você pegar o orçamento total, a gente está obedecendo a lei”, declarou. Em outro momento da audiência, o ministro declarou não haver “revanche” ao comentar o contingenciamento de verbas para as universidades e que sabe “do papel republicano do cargo de ministro”.

Em relação a críticas de que o bloqueio de verbas prejudicará as pesquisas no país, afirmou que a pasta analisará “pesquisa a pesquisa” para liberar verba e que isso será feito com “diálogo e transparência”. “Algumas áreas de, entre aspas, pesquisas que são feitas podemos postergar para um segundo momento”, disse.

tags: educação

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https://www.osul.com.br/o-governo-reconhece-que-fala-do-ministro-da-educacao-estimulou-as-manifestacoes/ Governo reconhece que fala do ministro da Educação estimulou manifestações 2019-05-15
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