Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2018
O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, comentou nesta sexta-feira (14) a alta do dólar e disse que a taxa de câmbio está sendo manipulada para “gente ganhar dinheiro”. Ciro afirmou ainda que pretende colocar uma “mão de ferro” na especulação financeira.
A moeda norte-americana fechou na quinta-feira (13) na maior cotação desde a criação do Plano Real: R$ 4,19. No acumulado do ano, o dólar já subiu 26,61%.
Ciro foi questionado sobre o tema durante ato de campanha em Porto Velho (RO).
“A taxa de câmbio nesse momento está de novo sendo manipulada para gente ganhar dinheiro. Esse País infelizmente tem uma fração da nossa sociedade que se acostumou em cima do sacrifício do povo a especular para o encarecimento dos preços dos remédios, passagens. O Brasil precisa eleger alguém que tenha compromisso com o lado que produz, trabalha. Colocar uma mão de ferro nessa especulação financeira”, afirmou o candidato.
Segurança na fronteira
O candidato também falou sobre medidas para fortalecer a segurança nas regiões de fronteira do país. Ele disse que a questão é “grave e complexa” e que o Brasil se tornou o “maior entreposto” de drogas no mundo.
Segundo o candidato, é preciso investir em tecnologia para fazer a vigilância da fronteira, já que, devido à extensão do país, não é possível fazer o policiamento apenas com agentes.
“Eu pretendo criar uma guarda de fronteira com alta tecnologia porque temos quase 17 mil quilômetros de fronteiras. E não é razoável imaginar que vai policiar isso com ostensividade de homem. Portanto, o que tem que ser é satélite, drone, scanner e condições de fazer o sensoriamento remoto do nosso território. Assim, seguir o rastro do dinheiro e desapropriar uma vez, duas vezes, até cortar a cabeça do crime organizado”, disse Ciro.
Pesquisa
A pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14), fez projeções para dez cenários de segundo turno na corrida presidencial, considerando os nomes de Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede).
Conforme o instituto de pesquisas, Bolsonaro, que lidera o levantamento no primeiro turno, seria derrotado por Ciro e empataria com Alckmin, Marina e Haddad dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
As projeções também mostram que Ciro Gomes venceria todos os adversários na parte decisiva da eleição, enquanto Fernando Haddad seria derrotado por todos, menos Bolsonaro.
Considerando que o voto por exclusão ganha força no segundo turno, o desempenho de Ciro pode ser interpretado como reflexo de seu índice de rejeição, 21%, o menor entre os cinco presidenciáveis cujos nomes foram testados pelo Datafolha. Neste quesito, os eleitores respondem em quais candidatos não votariam de jeito nenhum. Jair Bolsonaro é o mais rejeitado, com 44%; seguido por Marina, com 30%; Haddad, com 26%; e Alckmin, com 25%. Os números são superiores a 100% porque os entrevistados podem indicar mais de um candidato.