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Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2017
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a reforma da Previdência vai começar a ser debatida no plenário da Casa na quinta-feira. Ele também afirmou que está mantida a previsão de começar a votar a matéria no dia 18.
Maia participou de uma reunião com o presidente Michel Temer no Palácio da Alvorada para tratar da votação da reforma. Além deles, participaram do encontro o relator do texto na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), o novo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS) e o ministro demissionário da pasta Antonio Imbassahy (PSDB-BA).
Governo e aliados intensificaram nas últimas semanas as negociações para votar as mudanças nas regras previdenciárias. Por se tratar de uma emenda à Constituição, são necessários 308 dos 513 deputados em dois turnos para a matéria ser aprovada na Câmara e seguir para o Senado.
Os defensores da proposta, considerada fundamental pela equipe econômica, correm contra o tempo. Governistas avaliam que diminuem bastante as chances de aprovar o texto na Câmara em 2018, por ser ano eleitoral. O Congresso entra de férias no dia 22 e volta em fevereiro.
Após a reunião, Maia disseque levou para o presidente a ideia de começar o debate em plenário no dia 14, e Temer, segundo ele, concordou.
“Melhor momento”
O relator da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Maia (PPS-BA) afirmou que as negociações para votar a emenda constitucional estão no “melhor momento”.
A PEC (proposta de emenda à Constituição) que altera as normas previdenciárias foi enviada pelo governo ao Congresso Nacional em dezembro de 2016.
O texto chegou a ser aprovado, em maio, pela comissão especial criada na Câmara para discutir o assunto, mas, em razão das denúncias dos executivos do grupo J&F, a emenda constitucional acabou ficando em segundo plano até o presidente da República conseguir se livrar das duas denúncias apresentadas pelo Ministério Público.
O ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações) corrobora com o discurso de Arthur Maia. “O balanço é bastante favorável, melhora bastante a possibilidade de votação. Acho que as capacidades de votação e aprovação são muito grandes hoje. É evidente que caberá ao presidente da Câmara avaliar e colocar ou não em pauta. Até porque todos nós temos um compromisso de colocar em votação na medida que tivermos certeza da sua aprovação”, ponderou Kassab, que é presidente licenciado do PSD.
O ex-prefeito paulistano afirmou que o PSD está discutindo a possibilidade de fechar questão, ou seja, orientar a bancada a votar a favor da reforma da Previdência sob o risco de punição aos parlamentares, como a expulsão da sigla.