Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2018
O presidente da França chegou na noite desta quinta-feira (29) para a Cúpula do G20 em Buenos Aires, mas quando saiu do avião, não havia autoridade argentina para recebê-lo, informa o jornal local “Clarín”.
A vice-presidente Gabriela Michetti chegou de última hora para recebê-lo e autoridades ouvidas pelo diário apontam que houve falta de coordenação do Ministério das Relações Exteriores da Argentina.
O presidente Mauricio Macri decidiu que Gabriela Michetti seria a encarregada de receber o líder francês por causa de uma recente viagem da vice para Paris, onde há uma semana havia participado de um fórum a convite do próprio Macron, para tratar de questões como a preservação do meio ambiente, melhorar as condições de vida e a economia para as gerações futuras.
No entanto, diz o “Clarín”, a escolha de Michetti por Macri não foi bem vista pelo chanceler argentino Jorge Faurie, que pretendia ser o único a receber todos os chefes de Estado que chegam para o G20.
Michetti estava no aeroporto de Ezeiza uma hora antes da hora marcada para a chegada do presidente francês. Foi nesse momento que houve um problema com o pessoal do protocolo do Ministério das Relações Exteriores, que é justamente dirigido por Faurie.
Um dos assistentes da recepção contou que “botaram a vice-presidente de um lado da comitiva e disseram que ela tinha que esperar” para ir até o tapete vermelho porque, embora o avião que levava Macron e sua esposa Brigitte Marie já tivesse pousado, seria necessário baixar as malas primeiro.
Quase saindo
Então quem baixou primeiro não foi a bagagem, mas Macron e sua esposa, enquanto Michetti ainda estava esperando a uma certa distância do avião. A vice-presidente alcançou Macron quando ele já estava se preparando para embarcar em um carro para levá-lo ao hotel.
“Imagino que deve ter achado estranho”, admitiu Michetti, que evitou culpar a equipe do protocolo e conversou por alguns minutos com o presidente francês.
Fontes oficiais do “Clarín” disseram que esta não é a primeira vez que Faurie e Michetti tiveram diferenças, e que “mal-entendidos” como esse já ocorreram em outra ocasião, como a Assembleia das Nações Unidas, em 2017.