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Por Redação O Sul | 1 de maio de 2017
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um aumento do salário mínimo para 200 mil bolívares. Com a medida, o pagamento mínimo sobe de 40 mil para 65 mil bolívares, ao passo que o auxílio alimentação avança de 108 mil para 135 mil bolívares. Na Cidade do Vaticano, durante seu pronunciamento semanal na Praça São Pedro, o papa Francisco criticou a “grave crise” e pediu mais respeito aos direitos humanos e o fim da violência no país.
Ao fazer o anúncio, Maduro disse que a medida representa um reajuste de 65% em relação à versão anterior. “Aprovei. Que seja depositado em bolívares, para que ninguém roube seus tíquetes, para que ninguém cobre 15% ou 20% (de ágio)”, afirmou o presidente ao anunciar a medida.
Ele também divulgou a criação de um bônus especial para pensionistas e aposentados, informou o jornal El Nacional. A medida representa um adicional de 30% para os aposentados:19.506,40 bolívares, elevando a pensão integral a 84.527,40 bolívares.
A iniciativa, segundo Maduro, dá aos aposentados e pensionistas “um bônus especial de guerra econômica” de 19.506 bolívares. Ele lembrou ainda que o reajuste anual é o 37º desde o início do governo chavista e o 15º em sua gestão.
Apesar de ser um reajuste significativo, o aumento do salário mínimo não ultrapassa o valor da cesta básica familiar, calculada pelo Centro de Documentação e Análise Social da Federação Venezuelana de Mestres. O custo da cesta básica, segundo a organização, chegou a 1.068.643,25 bolívares em março. No ano passado, a inflação alcançou cerca de 800% e a projeção do Fundo Monetário Internacional para este ano é de uma hiperinflação de 1.800%. O país sofre ainda com desabastecimento de itens de primeira necessidade e racionamentos, o que tem estimulado uma oda de saques a lojas e supermercados. (AG)