Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
20°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou voltar atrás após as declarações que lhe valeram a acusação de “traidor” por aliados do Partido Republicano

Compartilhe esta notícia:

Trump, assumidamente, tem uma política externa que é interna. (Foto: Reprodução)

Desde que chegou à Casa Branca, em 2017, Donald Trump vem quebrando protocolos e etiquetas que norteiam a liderança da maior potência do mundo. Inicialmente, achou-se que tais exageros se deviam às atitudes pouco convencionais de um presidente acostumado a negociações agressivas no ramo imobiliário e à falta de experiência num cargo de alta envergadura institucional. Muitos confiavam que o cotidiano, as obrigações do cargo e o sistema de pesos e contrapesos se encarregariam de ensinar a Trump as sutilezas do ofício.

Porém, o tempo não o corrigiu. Ao contrário, o que se vê hoje é um presidente ainda mais arrogante. E a sucessão de decisões infelizes já não pode mais ficar na conta das gafes de um aprendiz de presidente. O cume da inconsequência ocorreu na reunião entre o presidente americano e seu colega russo, Vladimir Putin, na segunda-feira (16), parte dela sem a presença de assessores, só tradutores. Na ocasião, Trump duvidou de seus conselheiros de segurança para afirmar que confia na sinceridade de Putin, que negou a ação de espiões russos na campanha eleitoral americana. A afirmação causou compreensível revolta nos EUA e foi tachada de “traição” até por aliados republicanos, afinal, além de rival dos EUA, o russo é um ex-agente da KGB que completará 25 anos no poder quando concluir este mandato, em 2024.

Antes mesmo do encontro com o colega russo, Trump já vinha investindo contra aliados históricos e instituições americanas. Isso alimentou rumores de que Moscou possui informações comprometedoras sobre ele e sua família. Mas a verdade é que o presidente americano mantém uma postura ideológica que faz eco ao nacional-populismo e seus líderes.

Incomodado com as instituições de seu país, que limitam suas políticas esdrúxulas, como a separação de crianças dos pais de emigrantes sem documento, Trump ataca o próprio Estado e a democracia americana. Sua briga com a comunidade de inteligência se deve às investigações de conluio entre seus assessores e espiões russos para interferir no resultado das eleições de 2016, que o levou à Casa Branca.

Ele também se volta contra aliados históricos, criticando, por exemplo, a chanceler alemã, Angela Merkel, e exortando a premier britânica, Theresa May, a fazer um Brexit radical e processar a União Europeia, a qual acusou de ser adversária dos EUA. Também adotou uma postura dissidente na reunião do G-7, ao manter sua guerra comercial, e ameaçou abandonar a Otan. Posições que agradam Putin e outros líderes populistas europeus.

Na terça-feira (17), Trump tentou voltar atrás, afirmando que se expressou mal em suas declarações polêmicas, mas o dano causado parece irreversível, diante das compreensíveis dúvidas em relação a seu governo, que divide republicanos num ano eleitoral. É de se esperar que a temperatura suba em Washington, o que faz sentido, considerando-se que o presidente põe em risco a ordem mundial cultivada pelo Ocidente.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Receita Federal espera receber R$ 28,3 milhões de declarações do Imposto de Renda em 2017
A Europa forma time de elite contra notícias falsas na Internet
https://www.osul.com.br/o-presidente-dos-estados-unidos-donald-trump-tentou-voltar-atras-apos-as-declaracoes-que-lhe-valeram-a-acusacao-de-traidor-por-aliados-do-partido-republicano/ O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou voltar atrás após as declarações que lhe valeram a acusação de “traidor” por aliados do Partido Republicano 2018-07-18
Deixe seu comentário
Pode te interessar