Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China de não fazer nada a respeito da Coreia do Norte, depois que Pyongyang lançou um míssil balístico intercontinental na sexta-feira (28).
“Estou muito decepcionado com a China. Nossos estúpidos líderes do passado lhes permitiram gerar centenas de bilhões de dólares todo o ano em comércio, mas não fazem NADA por nós em relação à Coreia do Norte, apenas falar”, queixou-se em uma série de tuítes. “Não permitiremos que isso continue. A China poderia resolver isso facilmente!”, completou.
Trump prometeu tomar “todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos Estados Unidos” e proteger seus aliados. Washington e Seul fizeram exercícios militares, usando mísseis terra-terra após o lançamento do novo armamento norte-coreano. Os altos comandos de ambos os Exércitos discutiram as “opções de resposta militar” depois do novo teste.
Principal aliado econômico e diplomático de Pyongyang, a China se opõe a qualquer intervenção militar e faz contínuos apelos ao diálogo. Após o lançamento do míssil, Pequim reagiu com um breve comunicado no qual condena o disparo e faz um apelo por moderação a todas as partes. “A China se opõe às violações pela Coreia do Norte das resoluções da ONU. Ao mesmo tempo, espera que todas as partes envolvidas deem mostras de prudência e evitem aprofundar as tensões na península”, afirma nota do Ministério das Relações Exteriores chinês.
O ministro sul-coreano da Defesa, Song Young-Moo, afirmou que os Estados Unidos vão introduzir “ativos estratégicos” em seu país após o teste do novo míssil norte-coreano. Ele se negou a falar da natureza dessa mobilização, mas tudo indica que pode se tratar de bombardeiros de última geração e porta-aviões.
EUA ao alcance da Coreia do Norte
Após a Coreia do Norte testar com sucesso um míssil balístico intercontinental na sexta-feira, o ditador norte-coreano, Kim Jong-Un, afirmou que todo o território dos Estados Unidos está agora ao seu alcance.
Citado pela agência de notícias oficial KCNA, Kim afirmou que o teste demonstrou a capacidade da Coreia do Norte para lançar um ataque “em qualquer lugar e momento” e “confirmou que todo o território continental dos Estados Unidos está agora ao nosso alcance”.
Segundo a agência estatal, Kim Jong-Un supervisionou pessoalmente o disparo, que percorreu 998 quilômetros, durante cerca de 47 minutos, e atingiu uma altitude de 3.725 quilômetros. Para o teste, foi usada uma versão atualizada do míssil Hwasong-14.
O míssil foi lançado de Mup’yong-ni e percorreu sua trajetória até cair no Mar do Japão, segundo o Pentágono. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou o teste como uma ação “temerária e perigosa” que isolará ainda mais os norte-coreanos.