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Brasil O PSOL já recebeu 11 mil denúncias sobre informações falsas envolvendo a vereadora assassinada no Rio de Janeiro Marielle Franco

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Desde a morte de Marielle, a internet tem sido palco de divulgação de informações falsas sobre a vereadora. (Foto: Reprodução)

O departamento jurídico do PSOL e parentes de Marielle iniciaram mobilização para coletar provas e denunciar pessoas que têm usado as redes sociais para compartilhar informações falsas e difamar a vereadora. Até domingo, dia 18, eles haviam recebido mais de 11 mil denúncias.

No Facebook e no Twitter e em áudios pelo Whatsapp, internautas têm divulgado informações – não comprovadas – de que ela teria ligação com o tráfico e que sua morte estaria relacionada a isso. Em um áudio, um homem não identificado afirma que ela só foi eleita por ter apoio de criminosos.

A tese foi reproduzida por uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no Facebook. “Foi eleita pelo Comando Vermelho (facção) e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores”, escreveu a juíza Marília Neves. O PSOL entrou com representação no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra ela. O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) foi outro que reproduziu fake news nas redes sociais.

Ele escreveu no Twitter que, além de ser ligada ao Comando Vermelho, a vereadora era usuária de drogas e era ex-mulher de um traficante. A reportagem tentou contato ontem com a juíza e Fraga, mas não obteve resposta. Ambos já apagaram as publicações. O PSOL quer identificar os autores das difamações para denunciar à polícia. Por isso, pede que cópias das postagens sejam encaminhadas para contato@ejsadvogadas.com.br. Devem ser enviados também nome e link do perfil ou telefone de quem compartilhou.

Protestos

Milhares de pessoas participaram de ato em homenagem a Marielle Franco no domingo (18) no complexo de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio, onde nasceu a vereadora do PSOL, assassinada na semana passada. Além de moradores e parentes da vereadora, compareceram o deputado estadual Marcelo Freixo e o deputado federal Chico Alencar, ambos do PSOL, e políticos de outros partidos.

Atores, como Débora Bloch, Camila Pitanga e Marcelo Adnet, também foram. Lá, mulheres da comunidade discursaram. “Pensam que lugar de preto e pobre é no cemitério ou na cadeia, mas não vamos deixar.”

Em São Paulo, também houve uma marcha, que começou silenciosa, na Avenida Paulista. No protesto, mulheres também usaram vassouras com água pintada de vermelho para esfregar uma escadaria.

Caso

A polícia investiga a participação de um segundo carro no crime que resultou na morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Segundo os investigadores, o veículo daria cobertura aos assassinos e esteve na porta da casa, por duas horas, onde a vereadora participou de um encontro contra o racismo, na Lapa, na capital fluminense. Os policiais conseguiram identificar a placa do carro. As imagens não foram divulgadas.

A polícia coletou informações no local do crime e com testemunhas, como uma assessora de Marielle que também estava no carro e não foi atingida pelos tiros. A vereadora foi morta a tiros dentro de um carro na rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na região central do Rio, por volta das 21h30min de quarta-feira. Além da vereadora, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios é execução, pois os criminosos fugiram sem roubar nada.

A Polícia Civil acredita que os assassinos seguiram a vereadora desde o momento em que ela saiu do evento onde estava na Lapa, na noite de quarta-feira. Nessa hipótese, o carro dela foi perseguido por cerca de 4 quilômetros. Segundo a investigação, Marielle não tinha o hábito de andar no banco de trás do veículo, que tem filme escuro nos vidros. Na noite de quarta, no entanto, ela estava no banco traseiro quando o crime ocorreu, o que seria mais uma prova de que os assassinos estavam observando a vítima há algum tempo.

Conforme a polícia, os disparos foram efetuados a cerca de dois metros do carro das vítimas, quando um outro automóvel, um Cobalt prata, emparelhou. A perícia constatou que os tiros entraram pela parte traseira do lado do carona, onde Marielle estava sentada, e três disparos acabaram atingindo o motorista. De acordo com a Divisão de Homicídios, o atirador seria experiente.

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https://www.osul.com.br/o-psol-ja-recebeu-11-mil-denuncias-sobre-informacoes-falsas-envolvendo-a-vereadora-assassinada-no-rio-de-janeiro-marielle-franco/ O PSOL já recebeu 11 mil denúncias sobre informações falsas envolvendo a vereadora assassinada no Rio de Janeiro Marielle Franco 2018-03-19
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