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Saúde Óculos de realidade virtual ajudam pessoas com Parkinson a andar

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Novo equipamento combate sintoma da doença categorizado como "congelamento". (Foto: AFP)

Um grupo de pacientes com mal de Parkinson conseguiu avanços para voltar a andar com agilidade e segurança graças ao uso de óculos de realidade virtual em sessões de fisioterapia. A experiência é do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Segundo a fisioterapeuta Carolina Souza, os óculos são especialmente eficazes para tratar um sintoma comum em pacientes com Parkinson em estágio 3 (ao todo, a doença tem 5 estágios): o “freezing” ou “congelamento”.

O “congelamento” ocorre quando o paciente começa a andar com passos cada vez menores até parar ou cair. Isso normalmente acontece logo quando ele começa a andar, quando está diante de um obstáculo ou quando tem de mudar de direção.

Carolina conta que, em um grupo de 18 pacientes graves, com doença em estágio 3 ou 4, que começaram a treinar com os óculos na instituição, todos experimentaram uma melhora da marcha e uma diminuição dos episódios de “freezing”.

Quando está usando os óculos, o paciente vê um caminho quadriculado em 3D. Um sensor de movimento detecta quando o paciente começa a andar e o caminho quadriculado se movimenta como uma esteira. A pessoa também ouve sons que ajudam a ritmar as passadas. Ao coordenar os passos com o quadriculado virtual, o paciente consegue mais equilíbrio.

Equipamentos custa cerca de 15 mil reais no Brasil. (Foto: Reprodução)

Equipamento custa cerca de 15 mil reais no Brasil. (Foto: Reprodução)

A fisioterapeuta explica que o Parkinson afeta a região do cérebro responsável pelos movimentos automáticos, como o andar. O que os óculos fazem é estimular que ele adote um caminho cerebral alternativo, mais consciente, para caminhar.

Não existe nenhum tratamento definitivo para o Parkinson. Até hoje, o que a medicina conseguiu foram várias estratégias que se complementam para inibir a progressão da doença e dar uma qualidade de vida melhor aos pacientes.

O tratamento com remédios visa basicamente à reposição da dopamina, hormônio que está em falta em quem tem Parkinson, já que a doença leva à morte dos neurônios dopaminérgicos. Há também um tratamento cirúrgico em que um eletrodo implantado no cérebro promove estímulos elétricos que ajudam o paciente a ter maior controle sobre seus movimentos.

Outra parte essencial do tratamento de Parkinson é a fisioterapia. E é aí que entram os óculos de realidade virtual. Chamado GaitAid, o acessório foi desenvolvido por uma empresa israelense e custa no Brasil cerca de 15 mil reais. Depois de um treinamento apropriado, o paciente poderia usá-lo em casa. Porém, o valor ainda torna a tecnologia inacessível a muitos pacientes.

 

tags: tecnologia

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