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Economia Os Estados Unidos possuem 12 mil bancos e cooperativas de crédito

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País quer mudar regra bancária. (Foto: Reprodução)

O governo dos EUA recomendou uma total remodelação da regulamentação financeira da era Obama, quatro meses depois de o presidente do país, Donald Trump, ter ordenado uma revisão geral do regime que seus auxiliares dizem ter sido “desastroso” para a maior economia do mundo.

Em relatório de 147 páginas, divulgado na noite de segunda, o Departamento do Tesouro dos EUA detalhou dezenas de possíveis medidas que, segundo avalia, vão suavizar os obstáculos regulatórios sobre cerca de 12 mil bancos e cooperativas de crédito pelo país.

Embora algumas das medidas precisem de aprovação do Congresso para entrar em vigor, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que ele e sua equipe direcionaram o foco a mudanças que podem ser implementadas de imediato pelos chefes das agências de supervisão do setor financeiro.

Entre as recomendações estão a criação de uma “alça de saída” para que os bancos cujo capital seja de pelo menos 10% do patrimônio total possam evitar normas de supervisão mais rigorosas; a elevação, de US$ 10 bilhões a US$ 50 bilhões em ativos, do limite de tamanho que obriga os bancos a participar de testes de estresse; e a restrição da autoridade da Agência de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB, na sigla em inglês), criada há seis anos pelo governo federal com a Dodd-Frank, a lei referencial de Barack Obama para a reforma das finanças americanas pós-crise.

O informe recomenda que o diretor da CFPB possa ser removido por ordem do presidente; ou a reestruturação da agência, para que passe a ser uma comissão; ou, ainda, submeter o órgão ao processo orçamentário parlamentar anual. Combinadas, as medidas preconizadas no relatório vão encorajar “um ambiente de mercado em que os consumidores vão ter mais opções de escolha, mais acesso a capital e mais produtos de crédito seguro – e ao mesmo tempo [um ambiente que vai] assegurar que os pacotes de auxílio com dinheiro do contribuinte sejam verdadeiramente coisa do passado”.

O relatório recebeu críticas contundentes de Sherrod Brown, principal democrata na Comissão Bancária do Senado, que condenou o fato de o secretário do Tesouro ter consultado 244 grupos setoriais bancários e apenas 14 grupos de defesa dos consumidores ao longo de seu trabalho. “Um número demasiado grande de árduos trabalhadores americanos ainda não se recuperou totalmente da crise financeira e o foco de Washington deveria ser protegê-los, fazendo com que Wall Street possa ser responsabilizada e não cedendo a seus desejos”, disse Brown.

Analistas destacaram que algumas das medidas mais abrangentes – como as restrições à CFPB – poderiam ser difíceis de aprovar no Senado, onde os republicanos dependem do apoio democrata. No entanto, Mnuchin, exsócio do Goldman Sachs que elaborou o informe com ajuda de seu consultor jurídico Craig Phillips, ex-funcionário da firma de investimentos BlackRock, disse que ele e sua equipe esperam conseguir levar adiante muitas das mudanças por meio de ajustes nas estruturas de supervisão.

Por exemplo, no caso da disposição da lei Volcker que proíbe os bancos de apostas especulativas com capital próprio, o Departamento do Tesouro não recomenda que seja revogada, mas defende que as agências de supervisão passem a interpretá-la de forma mais branda, permitindo maior amplitude para que as instituições bancárias façam operações de proteção contra riscos e atuem como formadores de mercado para os clientes.

Quanto aos testes de estresse anuais, o Tesouro recomenda que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) estude exigi-los apenas a cada dois anos, assim como a possibilidade de divulgar seus modelos e cenários de risco e abri-los a comentários públicos.

No começo da noite de segunda-feira, vários grupos lobistas representantes dos bancos divulgaram comunicados elogiando a salva de tiros inicial do primeiro desses relatórios. Sally Miller, executiva-chefe do Instituto de Banqueiros Internacionais (IIB, na sigla em inglês), disse que as recomendações representaram uma “abordagem ponderada, bem equilibrada e de bom senso para mitigar algumas das consequências adversas indesejadas da regulamentação financeira pós-crise.” Richard Hunt, presidente da CBA (Associação de Banqueiros de Varejo), disse que o relatório foi “um passo importante para reconhecer como um ambiente de regulamentações onerosas e redundantes prejudica os bancos, a economia e, mais importante, os consumidores.” (AG)

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https://www.osul.com.br/os-estados-unidos-possuem-12-mil-bancos-e-cooperativas-de-credito/ Os Estados Unidos possuem 12 mil bancos e cooperativas de crédito 2017-06-14
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