Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de dezembro de 2015
O pai de Fued Mohamed-Aggad, terceiro homem-bomba da casa de espetáculos Bataclan, em Paris (França), no dia 13 de novembro, afirmou que, até a quarta-feira (9), ignorava que o filho era um dos autores dos atentados, e disse que o teria “matado antes caso soubesse o que o mesmo planejava”.
Depois de receber da Síria uma mensagem telefônica que informava a morte de Mohamed-Aggad, a própria família do jovem de 23 anos alertou a justiça francesa, que conseguiu assim identificá-lo formalmente no fim de semana passado, graças a exames de DNA, segundo uma fonte próxima ao caso. A identificação foi confirmada nesta quarta-feira pelo primeiro-ministro francês, Manuel Valls.
“Com certeza, estou surpreso”, afirmou Said Mohamed-Aggad à imprensa diante de sua casa em Bischheim, subúrbio de Estrasburgo. Ele declarou que se soubesse o que o filho estava preparando, “o teria matado antes”. “Sabia que havia viajado para a Síria há dois anos, mas não que havia retornado”, disse. “A última vez que o vi foi há dois anos, quando foi embora. Não tenho palavras, fiquei sabendo esta manhã, tenho que me recuperar”, completou.