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Armando Burd Para não esquecer

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Há grande chance de 2016 entrar para a História como o ano em que a nação se deu conta de problemas encobertos. Entre os mais destacados está o das contas públicas. Por muitos anos, os governos gastaram como se não houvesse amanhã, deixando o abacaxi para o sucessor. Muitas vezes, os gastos não tiveram planejamento, foram demasiadamente caros e até desnecessários. A insolvência veio a galope.

HÁ SAÍDA

Mesmo com as resistências de corporações, está claro que sem ajustes nas contas públicas a recessão e a estagnação vão avançar com preço social altíssimo.

NO REINO DA GASTANÇA

A Lei de Responsabilidade Fiscal surgiu em 2000 para impor limites nas despesas e no endividamento público. Tida como tábua de salvação dos Estados, previu sanções como a pena de prisão para quem não cumprisse. A corda, porém, continuou solta. Este ano, pelo menos oito governadores vão atropelar a Lei. Nunca se soube de alguém que tivesse sido punido. Entra na relação da série Coisas Nossas, Muito Nossas.

ANTIPOLÍTICO

Existem fortes evidências sobre o surgimento de um candidato à Presidência da República com discurso contra os políticos tradicionais e que tem grande receptividade entre os eleitores. Poderá ser Roberto Justus, empresário e apresentador desde 2004 de um reality show na TV, com o mesmo formato do programa norte-americano que projetou Donald Trump.

MIGRAÇÕES

Há convicção nos meios políticos de que, além do prefeito de Canoas, Jairo Jorge, outras lideranças deixarão o PT para se filiar ao PDT. Um deputado estadual consta na lista de previsões.

PREÇO DEMASIADO

A onda de emancipações provocou este quadro: a maioria dos 5 mil e 570 municípios não tem recursos próprios, mas paga prefeito, vereadores e funcionários de uma paquidérmica burocracia.

TESOURA EM AÇÃO

Itens do pacotão que o governo do Ceará lançou: 1) corte de 25% nos valores de cargos comissionados; 2) o aumento de 11% para 14% nas contribuições dos servidores para a previdência; 3) redução de 10 por cento nos salários de todos os secretários e dirigentes de órgãos.

VISÃO EXTERNA

A revista The Economist, de Londres, publicou: “Restaurar a confiança no Brasil vai levar diversos meses. Neste período, o Brasil enfrentará dois riscos. Um é de que a inflação fuja do controle. Outro risco, talvez maior, é de que a recessão do Brasil seja mais severa do que o esperado. Isso atrapalha a confiança estrangeira, aumenta o ônus da dívida e retarda a recuperação. Recessão desta magnitude causaria danos ao apoio político do governo, ameaçando a aprovação das reformas.”
A avaliação é de novembro de 1999, mas nada mudou.

FÓRMULA FRACASSOU

A 18 de dezembro do ano passado, Joaquim Levy, principal defensor do ajuste fiscal para conter a crise, deixou o Ministério da Fazenda. Foi substituído por Nelson Barbosa.

RÁPIDAS

* Depois de uma semana tumultuada na Política, a pergunta: quem vai juntar os cacos?

* Ditado que vale para os que assumirão a 1º de janeiro: vice bom é o que anda na garupa e não pega as rédeas.

* A reunião de slogans de campanha rejeitados daria um bom livro.

* De tão furioso que anda, o Produto Interno Bruto pode também ser chamado de PIB-bull.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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