Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2015
O governo do México, representantes dos familiares de 43 estudantes desaparecidos e membros do grupo de analistas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos marcaram uma reunião entre o presidente do país Enrique Peña Nieto e os pais dos jovens para o dia 24 deste mês, informou a Secretaria do Interior mexicano em comunicado nesse sábado. O órgão também informou que nos últimos dias, Nietto deu instruções às dependências do Executivo para que as conclusões formuladas pelo Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes sejam analisadas e incorporadas à investigação aberta pela Procuradoria-Geral da República.
“O México vai continuar somando esforços orientados para chegar à verdade e à justiça no caso Ayotzinapa”, disse o governante mexicano. Previamente, o presidente da governamental Comissão Executiva de Atenção a Vítimas do México, Jaime Rochín, afirmou que a instituição aceitou a oferta de intermediação do grupo de especialistas com os parentes dos estudantes desaparecidos. Em encontro com o chefe dos analistas independentes, Carlos Beristain, Rochín declarou que as observações contidas no relatório apresentado pelos técnicos sobre o caso dos alunos são fundamentais para fazer cumprir os direitos de acesso à verdade e à justiça para as vítimas.
Ex-prefeito acusado
A investigação da Procuradoria-Geral mexicana acusou o ex-prefeito de Iguala de ordenar que os estudantes fossem impedidos de entrar na cidade para evitar a invasão de um evento público de sua mulher, María Pineda, que aspirava ser a próxima governante da cidade. Francisco contestou a versão. Disse que o grupo não tinha ideia do evento. “Nós fomos atacados às 20h, seu evento era no dia seguinte de manhã. Em nenhum momento sabíamos do programado”, disse.