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Por Redação O Sul | 6 de março de 2018
A produção de veículos no Brasil cresceu 6,2% em fevereiro ante igual mês do ano passado, atingindo 213,4 mil unidades. os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). É o maior volume de produção para o mês desde 2014. O levantamento considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Na comparação com janeiro, entretanto, houve uma queda de 2,1%. Com isso, o setor acumula a produção de 431,6 mil veículos no primeiro bimestre, expansão de 15% em relação a igual período de 2017. Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 203,6 mil unidades em fevereiro, avanço de 4,7% em relação a fevereiro do ano passado, mas baixa de 2,8% ante o volume do mês anterior. No acumulado do ano, o avanço é de 13,8%, para 413 mil unidades.
Entre os pesados, foram 7,7 mil caminhões produzidos no mês passado, aumento de 46,2% ante igual mês de 2017 e expansão de 15,8% sobre o volume de janeiro. O segmento, com isso, acumula avanço de 47,8% no bimestre, para 14,4 mil unidades.
No caso dos ônibus, as montadoras produziram 2,1 mil unidades no segundo mês de 2018, alta de 55,2% ante o resultado de igual mês do ano passado e de 8,4% em relação a janeiro. No bimestre, o segmento acumula expansão de 67%, para 4 mil unidades.
Emprego
Com aumento na produção, as vagas de emprego continuam a ser criadas nas montadoras. Em fevereiro, 1.470 postos de trabalho foram gerados pelo setor em relação ao número de funcionários em janeiro.
Considerando os últimos 12 meses, o saldo é de 3.162 vagas criadas. A indústria conta hoje com 130.421 trabalhadores, alta de 2,5% em relação a fevereiro do ano passado.
Importados
Dois meses depois do fim do Programa Inovar Auto, que até o final de 2017 impunha sobretaxas sobre as vendas de veículos importados, a participação de modelos importados no total de licenciamentos subiu para 11,7%. Em 2017, a fatia desses veículos no total de vendas foi de 10,9%.
Já as exportações de veículos e máquinas agrícolas em fevereiro somaram US$ 1,48 bilhão, alta de 23,7% sobre fevereiro de 2017. Nos dois primeiros meses do ano, as vendas externas acumulam crescimento de 24,8%, para US$ 2,5 bilhões.
A produção da indústria brasileira recuou 2,4% em janeiro frente a dezembro do ano passado. O resultado, o pior desde fevereiro de 2016 quando houve retração de 2,5%, interrompeu quatro meses seguidos de crescimento. É o que aponta a pesquisa do setor divulgada nesta terça-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o IBGE, a queda na produção foi generalizada entre as quatro grandes categorias da indústria brasileira. Mas a principal influência negativa partiu da produção de veículos automotores, que recuou 7,6% na passagem de dezembro para janeiro. Em dezembro, a indústria automotiva havia crescido 9,1% na comparação com o mês anterior.
Dentre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-7,1%) mostrou a queda mais acentuada e eliminou parte da expansão de 9,8% acumulada nos dois últimos meses de 2017. Essa foi a taxa negativa mais intensa desde março de 2017 (-7,5%). Também tiveram recuo os segmentos de bens intermediários (-2,4%) e de bens de capital (-0,3%).
A única taxa positiva em janeiro foi a do setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis, que avançou 0,5%. Foi o segundo avanço consecutivo nesse tipo de comparação e levou ao acúmulo, nesse período, de um crescimento de 4,2%.