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Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2016
A organização de direitos humanos Anistia Internacional acusou as empresas Apple, Samsung e Sony, entre outras, de falhar em identificar o uso de trabalho infantil na produção dos minerais usados em seus aparelhos. Em um relatório sobre a mineração de cobalto na República Democrática do Congo, a Anistia afirma ter encontrado crianças de até 7 anos de idade trabalhando em condições perigosas.
O cobalto é componente vital para as baterias de íon-lítio. As companhias afirmaram que seguem política de tolerância zero em relação a trabalho infantil. “Companhias cujo lucro global é de 125 bilhões de dólares não podem realmente alegar incapacidade de verificar de onde vêm suas matérias-primas essenciais”, afirmou Mark Dummett, pesquisador nas áreas de negócios e direitos humanos da Anistia.
A República Democrática do Congo responde por 50% ou mais do cobalto produzido no planeta. Mineradores trabalhando por longo período neste segmento da extração mineral enfrentam problemas de saúde e risco de acidentes fatais, de acordo com a Anistia.
A organização diz que ao menos 80 mineiros morreram no subsolo congolês entre setembro de 2014 e dezembro de 2015. A Anistia também entrevistou crianças que trabalhariam nas minas do país. A Unicef estima que há cerca de 40 mil crianças trabalhando em minas no Sul da República Democrática do Congo. (BBC Brasil)