Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2017
O ano chega ao fim e é hora de repassar todos os sucessos, surpresas e escândalos que marcaram o mundo do cinema – e não foram poucos! Entre acusações de assédio e despedidas de artistas queridos, a certeza é que 2017 será um ano inesquecível.
21 de janeiro – Women‘s March
No dia seguinte à posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos, milhares de mulheres americanas foram às ruas expressar seu descontentamento pela escolha de um líder abertamente misógino e que já havia anunciado diversas medidas e promessas que prejudicariam os direitos das mulheres nos próximos anos. O evento foi massivo e conquistou o posto de maior protesto de um único dia na história dos EUA. Entre as artistas a subirem no palanque, estiveram Scarlett Johansson, Madonna, America Ferrera, Ashley Judd e Janelle Monáe.
26 de fevereiro – Oscar de polêmicas (1)
O Oscar 2017 foi marcado por dois fatos inesquecíveis. O primeiro foi a premiação de “O Apartamento” como Melhor Filme Estrangeiro. Com a proibição da entrada de viajantes iranianos nos Estados Unidos por um decreto de Trump, o diretor Asghar Farhadi automaticamente estaria excluído da cerimônia. Porém, mesmo após a autorização de sua entrada em caráter de exceção, o cineasta decidiu não comparecer e enviou, em seu lugar, dois americanos de descendência iraniana para ler seu discurso – Firouz Naderi, um ex-cientista da Nasa, e Anousheh Ansari, a primeira pessoa iraniana a ir ao espaço, primeira mulher muçulmana a ir ao espaço e primeira mulher a financiar a própria viagem como turista espacial.
26 de fevereiro – Oscar de polêmicas (2)
O segundo e mais chocante foi a entrega atrapalhada do maior prêmio da noite para o filme errado, por conta de uma confusão com os envelopes. Após o anúncio da vitória de “La La Land”, foi descoberto que o verdadeiro vencedor era “Moonlight” e as duas equipes acabaram dividindo o palco, num momento constrangedor.
19 maio – Netflix em Cannes
Meio a contragosto, o festival de Cannes (França) recebeu pela primeira vez uma produção original da Netflix em sua competição oficial. Mas reconhecer um filme que não foi pensado para o cinema foi motivo de discórdia e até o presidente do júri, Pedro Almodóvar, se posicionou contra a presença da gigante do streaming no festival.
9 de junho – Adam West
O mundo ficou em luto pelo mais icônico dos Batmans. O ator Adam West faleceu aos 88 anos, vítima de Leucemia.
23 outubro – O caso Weinstein
O grande escândalo do ano começou no dia 23 de outubro, quando Ronan Farrow (filho de Mia Farrow e Woody Allen) publicou uma reportagem na revista New Yorker reunindo diversas denúncias de assédio sexual contra o produtor Harvey Weinstein, fundador da The Weinstein Co. e um dos maiores “chefões” de Hollywood. Com a dimensão da acusação e a abundância de detalhes oferecidos para a mídia, o caso logo se tornou incontrolável e Weinstein acabou perdendo o emprego na própria empresa, além de ficar marcado para sempre como “um predador”. Ver um homem poderoso ser julgado e condenado publicamente por objetificar mulheres fez com que muitas outras se juntassem ao coro e revelassem suas próprias histórias de abuso na campanha #metoo.
30 de outubro – O caso Spacey
O “caso Weinstein” teve efeito em cascata e diversos artistas começaram a ter seus passados revirados, revelando-se cúmplices ou abusadores. Entre eles, chamou atenção a denúncia do ator Anthony Rapp contra Kevin Spacey, alegando que ele o teria molestado quando ainda era menor de idade. Depois de um pedido de desculpas desastroso de Spacey envolvendo uma saída do armário em péssimo momento, outros acusadores o seguiram e Spacey teve sua carreira (pelo menos por enquanto) destruída: o ator foi demitido da série “House of Cards”, da qual era protagonista, e substituído por Christopher Plummer no filme “Todo o Dinheiro do Mundo” – que, na época, já estava praticamente finalizado.
14 de dezembro – Disney
Para fechar o ano tirando o fôlego de todo mundo, a Disney finalmente anunciou a compra da 20th Century Fox, um dos estúdios mais antigos de Hollywood e proprietário de marcas como “Os Simpsons”, “Avatar” e “X-Men” – esse último, alvo de interesse especial por pertencer à Marvel nos quadrinhos e, agora, poder se unir a heróis como Vingadores e Guardiões da Galáxia também nos cinemas.