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Por Redação O Sul | 20 de julho de 2017
O gaúcho Roger Machado, 42 anos, não é mais o técnico do Atlético-MG. A saída foi anunciada no início da tarde dessa quinta-feira, após uma reunião entre o treinador e o presidente do clube, Daniel Nepomuceno em Belo Horizonte. A gota d’água foi a derrota por 2 a 0 para o Bahia, em casa, no dia anterior, pela décima-quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
O tropeço em casa acabou sendo o quarto revés em oito jogos da equipe como mandante no certame. A torcida ficou revoltada com a atuação, vaiou o treinador e os jogadores e chamar o time de “sem-vergonha”.
Ainda não foi definido o nome do substituto e quem comanda o time diante do Vasco, à 19h deste domingo. O nome mais cotado para a vaga é o de Rogério Micale, 48 anos, campeão olímpico com a Seleção Brasileira em 2016 e que está na China ministrando um curso de futebol.
Galo
No final de novembro de 2016, após a demissão de Marcelo Oliveira por causa da derrota no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, Roger Machado foi anunciado pelo Atlético-MG. O treinador chegou com a fama de ser muito estudioso na parte tática e com a promessa de dar uma nova cara ao time alvinegro.
Foram 43 jogos, com 23 vitórias, nove empates e 11 derrotas – aproveitamento de 60,4% nos quase sete meses de trabalho efetivo no clube. Roger conquistou o Campeonato Mineiro sobre o Cruzeiro e classificou o Atlético em primeiro do grupo da Copa Libertadores das América, mas nunca conseguiu encher os olhos da torcida com as atuações. Nas oitavas-de-final, perdeu o primeiro jogo para o Jorge Wilstermann, da Bolívia, por 1 a 0.
Na Primeira Liga, o técnico optou por poupar boa parte dos titulares. Já na Copa do Brasil, passou pelo Paraná nas oitavas-de-final e venceu o Botafogo no primeiro jogo das quartas. O grande questionamento é em relação ao Brasileirão, já que o Galo ocupa apenas a décima-primeira colocação, com 20 pontos e um aproveitamento de apenas 44,4%.
Grêmio
Lançado como jogador no time profissional do Grêmio pelo técnico Luiz Felipe Scolari em 1994, ele atuou pelo clube até 2003, conquistado três Copas do Brasil (1994, 1997 e 2001), quatro Gauchões (1995, 1996, 1999 e 2001), a Copa Libertadores da América (1995), a Recopa Sul-americana (1996) e Campeonato Brasileiro (1996) e a Copa Sul (1999).
A sua principal característica era a forte marcação e a disciplina dentro de campo. Depois de virar ídolo no Grêmio, atuou no futebol japonês de 2004 a 2005. Entre 2006 e 2008, jogou no Fluminense, sagrando-se campeão da Copa do Brasil de 2007. Em 2009, assinou contrato com o D.C. United, dos Estados Unidos, onde pretendia encerrar sua carreira, mas acabou deixando o time uma semana após a sua apresentação, devido a um problema na região lombar.
Como técnico, a trajetória começou em 2011, como auxiliar-técnico no Grêmio, função emk que comandou a equipe em dois Grenais vencidos pelo Tricolor gaúcho. Em 2014, foi anunciado no comando do Juventude para a disputa do Campeonato Gaúcho e da Série C do Brasileirão, sendo demitido após duas derrotas em casa.
O grande salto ocorreu como treinador do Grêmio, contratado no dia 26 de maio de 2015. Ele comandou o time na histórica vitória de 5 a 0 sobre o Inter, pela 17° rodada do Brasileirão daquele ano. Ao final do certame, após uma boa campanha e a afirmação de convicções táticas, o Grêmio garantiu a terceira colocação do campeonato e, com isso, a vaga para a Libertadores do ano seguinte.
Porém, o primeiro semestre de 2016 foi marcado pela irregularidade das apresentações do clube e, principalmente, pela desorganização defensiva da equipe e pela falta de objetividade ofensiva. Com mais resultados em sequência, acabou pedindo demissão em setembro de 2016. Para o seu lugar, o Tricolor gaúcho acabou contratando Renato Portaluppi, no cargo até hoje.