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Geral Sem-terra ocupam a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul e bloqueiam rodovia no Sul do Estado

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A secretaria, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, foi ocupada no início da manhã desta quarta-feira. (Foto: Daniel Piovesan/Divulgação)

Cerca de 500 integrantes da Via Campesina e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocuparam, no início da manhã desta quarta-feira (18), a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul, localizada na avenida Praia de Belas, 1.768, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre.

Eles reivindicam a continuidade da execução do Programa de Apoio à Agricultura Familiar e Camponesa, mais conhecido como Programa Camponês; uma solução para o problema da estiagem que atinge vários municípios gaúchos, principalmente das regiões da Campanha, Fronteira Oeste e Sul; e a assinatura imediata dos contratos de uma chamada pública para a compra de alimentos da agricultura familiar. Segundo o MST, a mobilização faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Os agricultores começaram a chegar na secretaria por volta das 6h45min. O Programa Camponês foi criado em 2012 para melhorar as condições de produção, transporte, industrialização e comercialização de alimentos saudáveis. O programa prevê investimentos de R$ 50 milhões na cadeia produtiva de alimentos saudáveis, sendo R$ 25 milhões oriundos do governo estadual e R$ 25 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Os sem-terra afirmaram que também estão mobilizados pelo assentamento de mais de 2 mil famílias acampadas no Estado. Hoje, o número de famílias que vivem em beiras de estradas passa de 100 mil em todo o Brasil, conforme o MST. No RS, o último assentamento foi criado em 2015, pelo governo federal, no município de Esmeralda. Porém, ele ainda não foi reconhecido pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Bloqueio em rodovia

Os sem-terra também protestam nesta quarta-feira na BR-392, na altura do quilômetro 62, em Pelotas, na Região Sul do Estado. A ação também faz parte das mobilizações que acontecem para cobrar do governo do Estado uma solução urgente para o problema da estiagem.

O bloqueio da rodovia começou por volta das 7h, pouco antes da ponte Léo Guedes, que liga os municípios de Pelotas e Rio Grande. Conforme a Via Campesina, mais de 2 mil pessoas participam do protesto, que causa grandes transtornos aos motoristas que utilizam a estrada. O tráfego foi liberado por volta das 10h e depois voltou a ser bloqueado, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

As mobilizações na Região Sul do RS começaram na manhã de terça-feira (17) com uma marcha que saiu do trevo do Atacadão do Povão, localizado na ERS-256, em Canguçu. A marcha passou pelas principais ruas da cidade até a BR-392, na altura do quilômetro 117. Lá, os trabalhadores almoçaram na beira da rodovia e a mantiveram bloqueada até as 15h40min de terça.

O objetivo foi pressionar o governo do Estado a se reunir com representantes dos camponeses para tratar das reivindicações. Uma audiência foi marcada para esta quarta-feira com representantes da Casa Civil, em Porto Alegre.

(Foto: MST/Divulgação)

 

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