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Por Redação O Sul | 8 de março de 2017
Dois importantes senadores pediram ao FBI (a polícia federal dos EUA) e ao Departamento de Justiça nesta quarta-feira (8) qualquer informação que eles tenham relacionada à declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o seu antecessor, Barack Obama, o tenha grampeado durante a campanha presidencial de 2016.
Em carta para James Comey, diretor do FBI, e o vice-secretário de Justiça, Dana Boente, o republicano Lindsey Graham e o democrata Sheldon Whitehouse escreveram:
“Nós pedimos que o Departamento de Justiça nos forneça cópias de qualquer pedido de mandado e ordem judicial relacionados com grampos do presidente Trump, da campanha Trump ou da Trump Tower.”
Pela lei norte-americana, presidentes não podem grampear diretamente. O governo federal pode pedir a uma Corte a autorização para a ação e, para isso, deve fornecer justificativa.
Perguntado nesta quarta se Trump era objeto de uma investigação, Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca, respondeu: “Não há razão para termos que pensar que o presidente é alvo de alguma investigação”.
Na segunda-feira (6), a Casa Branca exortou o Congresso, controlado pelo Partido Republicano de Trump, a examinar, como parte de um inquérito parlamentar em andamento sobre a influência da Rússia na eleição, se a gestão Obama abusou de sua autoridade investigativa durante a campanha presidencial de 2016.
Um parlamentar republicano que preside a comissão de supervisão da Câmara dos Deputados disse na segunda que não viu nenhum indício direto que apoie a afirmação de Trump.
“Até agora, não vi nada diretamente que sustentaria o que o presidente disse”, afirmou Jason Chaffetz, presidente do Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara, à rede CBS em uma entrevista.
Chaffetz disse que levará algum tempo para que uma comissão de Inteligência da casa que investiga os supostos laços de Moscou esclareça a alegação de grampo, e que seu comitê irá desempenhar um papel coadjuvante nessa tarefa.