Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2016
O presidente em exercício Michel Temer foi ao Congresso nesta segunda-feira (23) para entregar ao presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a proposta de revisão da meta fiscal prevista para este ano.
Temer foi à reunião acompanhado dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
A chegada do presidente em exercício foi marcada por gritos de “Golpistas” e “Foram, Temer”.
Inicialmente, o Congresso votaria a proposta que havia sido enviada pelo governo da presidenta afastada Dilma Rousseff, com previsão de R$ 96,6 bilhões de déficit. Na última sexta (20), contudo, a nova equipe econômica do governo apresentou uma outra projeção, prevendo que o rombo nas contas públicas pode chegar a R$ 170,5 bilhões.
Segundo disse Renan Calheiros na semana passada, o plenário do Congresso será pautado nesta terça-feira (24) para votar a nova meta apresentada pelo Executivo.
Se deputados e senadores não aprovarem a nova projeção, o governo terá de cumprir a meta enviada por Dilma, com previsão de superávit de R$ 24 bilhões. Na prática, em meio a um momento de crise econômica e diante de um cenário em que o governo deve gastar mais do que arrecadar, isso pode paralisar o governo.
Licença
Logo após o encontro, o ministro Romero Jucá anuncio que se licenciaria do cargo. Hoje, o jornal “Folha de S.Paulo” divulgou trechos de um diálogo entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, no qual sugere um “pacto” para tentar barrar a Operação Lava-Jato. Em entrevista coletiva, mais cedo, Jucá disse que não tem “nada a temer” e que não deve “nada a ninguém”
Medidas
Para esta terça-feira (24), está previsto no Palácio do Planalto um anúncio, pelo presidente em exercício, de novas medidas econômicas que o governo julga necessárias para o país retomar o crescimento e reduzir o deficit nas contas públicas. (AG)