Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Armando Burd Sopro conjunto de velinhas

Compartilhe esta notícia:

O financiamento coletivo é uma das novidades nas eleições deste ano. (Foto: Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Há muito tempo que os governadores não se reúnem em Brasília. Até o final do mês, há chance e motivo especial: registrar os 22 anos de criação da Lei Kandir, mais um calote aplicado nos Estados.
O evento precisará ter bolo, velinhas, balões, apitos, buzinas e colar pisca. O traje será livre, mas ficará à disposição, na entrada do salão, o famoso nariz de palhaço.

Ficou na conversa

A Lei Kandir, de 1996, impôs a isenção do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) das exportações de produtos primários e semimanufaturados. Ao mesmo tempo, previu o ressarcimento da renúncia fiscal aos Estados pelo governo federal. A devolução deveria ser total. Em 2002, uma mudança na legislação deixou o valor em aberto para ser negociado entre Estados e União todos os anos. Virou o começo do calote vergonhoso que não parou mais.

Perderam a bússola

A maioria dos candidatos não percebeu a profunda contrariedade da população em ver que o dinheiro arrecadado com tributos é desperdiçado no interesse de poucos privilegiados. Não será com promessas vazias que os eleitores vão se convencer.
Conhecidos os resultados das urnas e empossados os vencedores, conclui-se muitas vezes que os resultados são piores do que as intenções.

Longe do acerto

A 17 de setembro de 2014, quando faltavam 18 dias para o 1º turno da eleição presidencial, pesquisa do Ibope mostrou que Dilma Rousseff tinha 36% da preferência, Marina Silva, 30% e Aécio Neves, 19%.
Resultado das urnas a 5 de outubro: Dilma com 41%, Aécio, 33% e Marina, 21%.

 

Alertas não adiantam

O governo federal tem alertado que, no futuro, deverá faltar dinheiro para pagar todos os beneficiários da Previdência. No ano passado, o rombo chegou a 268,8 bilhões de reais. Fosse outro o país, haveria marchas constantes nas principais cidades, cobrando uma saída.

Constatação clara

Ainda sobre Previdência, nenhum técnico da área nega: não é mais sustentável o modelo de repartição pública do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no qual os trabalhadores ativos pagam o salário dos que estão aposentados.

Tem procedência

Os que concorrem pela primeira vez reclamam: o tempo da campanha diminuiu muito e ficaram fora da distribuição de 1,7 bilhão de reais do Fundo Partidário. Sem faixas e cavaletes de propaganda, por exigência da lei, os eleitores não tomam conhecimento das candidaturas.

Jogo de interesses

Em 2019, os norte-americanos vão comemorar 230 anos de sua única Constituição. Ao longo de todo o tempo foram aprovadas 27 emendas.
No próximo mês, serão assinalados 30 anos de Constituição brasileira que tem 250 artigos e mais 114 no Ato das Disposições Transitórias. No período, o Congresso aprovou 106 emendas. Resultou numa estrutura desengonçada, de pouca harmonia e nada sólida.
Antes da atual, cinco entraram em vigor: 1824, 1891, 1934, 1946 e 1967. Na maioria, prevaleceram interesses corporativistas e imediatistas.

Proximidade

Reclamações em excesso, violência, discussões exageradas, interferências indevidas e falta de critério. Mais parece o retrato das relações políticas no País. Foi, porém, resultado de pesquisa sobre o que prejudica o futebol dentro de campo.

Aqui não é quintal

Corrupção, pobreza e repressão persistem na Guiné Equatorial, que tem a ditadura mais longa do mundo. Mesmo com enorme riqueza, faltam serviços básicos para a população. Seu vice-presidente Teodoro Ibiang Mang desceu no aeroporto errado. Trouxe 1,4 milhão de dólares, mais 20 relógios de luxo, um deles cravejado de diamantes, avaliados em 3 milhões de 500 mil dólares. A Polícia Federal de Campinas flagrou.

Exercício da repetição

Ao anunciarem os programas de propaganda e os debates, os locutores podem resumir: “E agora, senhoras e senhores, o já visto.”
Abrem-se então as cortinas para levar agrados aos ouvidos do eleitor.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Armando Burd

Estratégia do PT prefere enfrentar Bolsonaro no segundo turno
General no STF
https://www.osul.com.br/sopro-conjunto-de-velinhas/ Sopro conjunto de velinhas 2018-09-17
Deixe seu comentário
Pode te interessar