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Mundo Trabalhadores de usinas nucleares aderem à onda de greves na França

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Os sindicatos convocaram um novo dia de protestos, o oitavo desde o início do movimento. (Foto: Reprodução)

Os trabalhadores das usinas nucleares na França se juntaram, nesta quinta-feira (26), à onda de greves contra a reforma trabalhista do governo socialista, que têm provocado uma escassez de combustível e outros problemas econômicos.

Os sindicatos convocaram um novo dia de protestos, o oitavo desde o início do movimento, há três meses, que em várias ocasiões acabou em violentos confrontos com as forças policiais.

O nono dia será uma manifestação única em Paris, programada para 14 de junho.

O primeiro-ministro Manuel Valls, sob pressão, admitiu hoje a possibilidade de “mudanças” ou “melhorias” na proposta, e anunciou que receberá no sábado (28) representantes do setor petrolífero. No entanto, o chefe de governo voltou a descartar a retirada do texto controverso.

Nessa quarta (25), Valls afirmou que a CGT, que lidera os protestos, “não dita a lei no país” e, nesta quinta (26), voltou a criticar a “irresponsabilidade” da união sindical.

O secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, convocou, por sua vez, “uma generalização da greve”.

Segundo o governo, a reforma vai dar mais flexibilidade às empresas para combater o desemprego. Já os críticos da medida consideram que a proposta vai aumentar a insegurança no trabalho, com o favorecimento de acordos particulares em vez das negociações de sindicatos profissionais, precarizando as condições de trabalho.

A reforma divide profundamente a esquerda francesa. O governo precisou recorrer a um instrumento constitucional que permite aprovar a medida sem passar pelo voto no Parlamento, por meio de um voto de confiança.

Bloqueio

O bloqueio de refinarias e depósitos de petróleo forçou o governo a utilizar suas reservas estratégicas de combustível. O Estado havia utilizado até esta quarta (25) três dos 115 dias de reservas disponíveis.

“Vamos fazer todo o necessário para garantir o abastecimento dos franceses e da economia”, disse o presidente François Hollande.

Longas filas se formam há vários dias nos postos de gasolina, que em muitos casos racionam a distribuição. Os depósitos de quase um terço dos postos de combustível estão secos ou quase vazios, enquanto um popular aplicativo para celulares indica onde ainda há combustível disponível.

Viviane, uma aposentada que esperava para abastecer seu carro em Allier, compara a atual turbulência com as duas semanas de greves e manifestações das massas em 1968. “Lembro-me de maio de 68 e posso dizer que a escassez não é brincadeira e eu estou tomando precauções”, disse a motorista.

Usinas nucleares

As manifestações subiram um novo degrau nesta quinta, com o voto a favor da greve nas 19 usinas nucleares do país.

“Entre 50% e 80% dos funcionários estão em greve, de acordo com as centrais”, afirmou a porta-voz da CGT desse setor, Marie-Claire Cailletaud, admitindo que, para manter o fluxo, a França “provavelmente será forçada a importar energia” de países vizinhos.

O organismo que administra a rede elétrica nacional, RTE, afirmou por sua vez que “a oferta de produção disponível (…) é suficiente para cobrir as necessidades de eletricidade do país”.

A oferta foi reduzida em 25% na central de energia elétrica de Nogent-sur-Seine, a cerca de 100 km a sudeste de Paris.

O movimento de protesto também tem provocado interrupções nos transportes.

Em meio a essa onda de descontentamento, no entanto, o governo recebeu a boa notícia de que o desemprego tinha caído pelo segundo mês consecutivo em abril. (Folhapress)

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