Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de março de 2016
A transmissão do vírus da zika por meio de relações sexuais é mais “comum do que o estimado anteriormente”, afirmou nessa terça-feira a diretora da OMS (Organização Mundial de Saúde), Margaret Chan. A declaração, segundo ela, se baseia em indicações fortes de “estudos e investigações de diversos países”. Margaret falou após o primeiro dia da reunião do Comitê de Emergência para o vírus da zika. O primeiro encontro do grupo de especialistas havia sido realizado em fevereiro.
No mesmo mês, os Estados Unidos anunciaram investigar 14 casos de mulheres infectadas com zika após manter relações com parceiros que haviam viajado para regiões endêmicas. A diretora da OMS vê ainda com preocupação o aumento no número de casos de contaminação pelo vírus da zika e com o aumento das evidências da relação entre o vírus, má-formação fetal e problemas neurológicos. “Casos de zika foram relatados em todas as regiões do mundo. (…) Foram encontrados traços do vírus no líquido amniótico. Evidências apontam que o vírus pode atravessar a placenta e infectar o feto. Podemos concluir que esse vírus é neurotrópico [relativo ao sistema nervoso], atingindo preferencialmente tecidos do cérebro e do tronco encefálico do feto”, declarou Margaret. (Cíntia Cardoso/Folhapress)