Sábado, 04 de maio de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
21°
Light Rain

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Tribunal Superior Eleitoral do Brasil desiste acompanhar eleições na Venezuela

Compartilhe esta notícia:

Ministro disse que integrantes do STF devem ter cautela para não extrapolarem funções. (Foto: Fellipe Sampaio/ATF)

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que se retirou da comissão que acompanhará as eleições presidenciais na Venezuela. Em nota divulgada nessa terça-feira, a Corte disse que a decisão foi motivada pela rejeição do nome do ministro Nelson Jobim para presidir a missão de observadores, cuja incumbência seria garantir um processo eleitoral imparcial e uma disputa equânime entre os candidatos.

A missão de observadores foi instituída por meio de parceria entre o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela e a Unasul (União das Nações Sul-Americanas). Parceria esta que já nasceu diante da recusa do governo venezuelano em ter as eleições do país acompanhadas por uma comissão da OEA (Organização dos Estados Americanos) – a presença do órgão era exigida pelos partidos de oposição, mas foi vetada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O nome do ministro Jobim foi indicado pelo TSE por se tratar de uma pessoa imparcial, sem ligação partidária e sem conexões formais com o governo brasileiro. Ele foi presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro da Justiça e presidente do TSE. Seu nome era um forte indicador de que a influência do presidente venezuelano seria ao menos dirimida.

A sugestão foi aprovada pela presidência da República e submetida pelo Itamaraty à presidência da Unasul. E apesar do consenso, diz a nota do TSE, Jobim foi rejeitado pelo Conselho de Ministros da Comissão Nacional Eleitoral da Venezuela.

Em vez dele, o secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, indicou Jorge Taiana, ex-chanceler da Argentina, nome que foi prontamente aprovado. Taiana é tido como uma pessoa ligada ao regime chavista e ao grupo Motoneros, uma organização que promovia ações de guerrilha urbana para enfrentar a ditadura militar argentina.

Essa reviravolta tirou do presidente do TSE, o ministro Dias Toffoli, todo e qualquer motivo para acreditar na imparcialidade do processo eleitoral venezuelano.

Versão do acordo

Outro fator fundamental para a decisão do ministro foi a demora da Comissão Eleitoral da Venezuela em se pronunciar sobre a versão revista do acordo. Esse documento previa, além do envio da missão, a fiscalização das urnas eletrônicas, o que pretendia garantir que elas não foram violadas, invadidas ou alvo de fraudes. Para o TSE, esse quadro, inviabiliza uma observação adequada.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Cinco ministros do Supremo votaram contra assembleias revogarem prisão de deputado
Polícia Federal está na Itália para trazer ex-diretor do Banco do Brasil ao nosso País
https://www.osul.com.br/tribunal-superior-eleitoral-do-brasil-desiste-acompanhar-eleicoes-na-venezuela/ Tribunal Superior Eleitoral do Brasil desiste acompanhar eleições na Venezuela 2015-10-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar