Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2017
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a pressão que exerceu sobre países árabes para que enfrentem o terrorismo “rendeu frutos”, após os Estados do Golfo isolarem o Catar. Trump transmitiu seu apoio à Arábia Saudita e seus aliados depois que estes romperam relações diplomáticas com Doha alegando que o país fomenta o terrorismo.
“Tão bom ver que a visita à Arábia Saudita com seu rei e 50 países já rendeu frutos”, escreveu o presidente americano numa série de mensagens em sua conta no Twitter, em referência à sua viagem a Riad no mês passado. “Eles disseram que adotariam uma linha dura no financiamento do extremismo, e todas as referências estavam apontando para o Catar. Talvez este seja o começo do fim do horror do terrorismo!”
Riad e aliados, incluindo Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, anunciaram na segunda-feira o corte das relações diplomáticas e fecharam as conexões aéreas, marítimas e terrestres com o Catar.
Eles acusaram o pequeno Estado do Golfo de abrigar grupos extremistas e sugeriram haver a existência de um apoio à agenda política do Irã, arqui-inimigo da Arábia Saudita.
Neste meio tempo, o emir do Kuwait, o xeque Sabah al-Ahmad Al-Sabah, viajou à Arábia Saudita na tentativa de resolver a pior crise diplomática a atingir o mundo árabe em anos. O Kuwait não aderiu à ação conjunta contra Doha.
Além de cortar as relações diplomáticas e ordenar a saída de cidadãos catarianos de seus países em 14 dias, os Estados do Golfo e o Egito revogaram a licença de operação da Qatar Airways. As companhias aéreas Emirates, Etihad, flydubai e Air Arabia, assim como a Saudi Airlines, anunciaram a suspensão de voos de e para o Catar. Para esta terça-feira, 27 voos estavam agendados de Dubai para Doha, e todos foram cancelados.