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Mundo Um apartamento de luxo em Hong Kong bateu o recorde de preço

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Valores dispararam nos últimos anos em parte pela chegada de ricos investidores da China. (Foto: Reprodução)

Um comprador anônimo pagou US$ 71 milhões para comprar um apartamento em Hong Kong, onde a bolha imobiliária se tornou um grave problema social e político. O comprador pagou um total de US$ 149,1 milhões por dois apartamentos de luxo de 370 metros quadrados cada um situados em um bairro de luxo no alto de uma montanha.

O menor dos apartamentos custava US$ 71,1 milhões de dólares, um preço recorde pelo metro quadrado na Ásia, segundo a agência de notícias Bloomberg. Em novembro, um arranha-céu neste território chinês foi vendido por mais de US$ 5 bilhões.

Crise imobiliária

A grave crise imobiliária em Hong Kong está obrigando muitos pequenos comerciantes a fecharem as portas porque não conseguem pagar o aluguel e muitos moradores têm vivido em más condições. Quase 20% dos sete milhões de habitantes de Hong Kong vivem abaixo da linha de pobreza, segundo um estudo oficial publicado na semana passada. Os preços dispararam nos últimos anos em parte pela chegada de ricos investidores da China continental.

Entre 2003 e seu pico, em setembro de 2015, os preços dos imóveis subiram em 370% na cidade, alimentados pelo recorde de baixa nas taxas de juros, pela força da economia e pelo interesse dos compradores da China continental. O custo e disponibilidade de habitações em Hong Kong é uma reclamação constante dos moradores do territórios, muitos dos quais vivem em espaços apertados e superlotados.

É comum que famílias inteiras vivam em espaços de menos de 50 metros quadrados e que alguns dos cidadãos mais pobres durmam nas chamadas “casas-jaula” ou “casas-caixão”: beliches apertados, envoltos em grades metálicas.

Série fotográfica revela a precária realidade dentro dos micro apartamentos de Hong Kong

“Naquele dia eu cheguei em casa e chorei”, disse Benny Lam ao descrever sua experiência fotografando as sombrias condições de vida em Hong Kong. Depois de quatro anos visitando mais de 100 apartamentos subdivididos em um antigo bairro da cidade, Lam já estava acostumado com as casas de menos que 2 metros quadrados de madeira, conhecidas como casas-caixão. “Eu me senti tão mal”, lembra Lam, “Viver assim nunca deveria ser considerado normal. Eu estava entorpecido. ”

Hong Kong está repleta de placas de néon que vendem marcas de luxo, jóias e tecnologia prontas para atrair consumidores ansiosos. O horizonte cheio de arranha-céus contém negócios que fazem da cidade um dos principais centros financeiros do mundo. No entanto, por trás da fachada glamourosa, cerca de 200 mil pessoas, incluindo 40 mil crianças, vivem em espaços que mal cabem o próprio corpo.

Com uma população de quase 7,5 milhões e quase nenhuma terra desenvolvível restante, o mercado imobiliário de Hong Kong aumentou para o mais caro do mundo. Empurrados por aluguéis crescentes, dezenas de milhares de pessoas não têm outra opção que não seja habitar cabanas ilegais, micro apartamentos onde a cozinha e o banheiro se fundem, casas-caixão e casas-jaula. Desde cozinhar, até dormir, todas as atividades ocorrem nesses pequenos espaços”, diz Lam. Para criar as casas-jaula, um apartamento de 400 metros quadrados será ilegalmente dividido pelo seu dono para acomodar em torno de 20 camas beliche, cada uma com um custo de HK$2000 (em torno de 800 reais) por mês de aluguel.

Em sua série chamada “Trapped”, Lam quer iluminar as sufocantes habitações que existem na região onde as luzes da prosperidade de Hong Kong não alcançam. Ele espera que ao tornar os moradores e suas casas visíveis, mais pessoas começarão a prestar atenção às injustiças sociais de suas circunstâncias.

 

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https://www.osul.com.br/um-apartamento-de-luxo-em-hong-kong-bate-o-recorde-de-preco/ Um apartamento de luxo em Hong Kong bateu o recorde de preço 2017-11-21
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