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Brasil Um médico foi condenado a indenizar um casal em 7 mil reais por informar o sexo errado do bebê após a ultrassonografia

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Após uma ultrassonografia, o médico informou que a criança seria menina, mas na verdade era um menino. (Foto: Reprodução)

Um médico deve indenizar um casal do município de Santa Maria de Jetibá em R$ 7 mil por danos morais, após informar o sexo errado do bebê durante um exame de ultrassonografia. Ele havia informado que a criança seria menina, mas na verdade era um menino. A decisão é de primeira instância, portanto o médico ainda pode recorrer.

Conforme decisão da Justiça, o médico ainda deve compensar o casal em R$ 800 pelos gastos que tiveram com um enxoval todo pensado para receber uma filha. Segundo os pais da criança, todas as peças foram compradas na cor rosa após o médico informar que tratava-se de uma menina. Entretanto, na última consulta, o casal foi informado de que o sexo do bebê seria o masculino, fazendo com que a família comprasse mais peças de roupa.

Em sua defesa, o médico alegou não ter informado em momento algum ao casal que o bebê seria uma menina e que a ação teria sido ajuizada por má-fé dos pais, com o objetivo de obterem enriquecimento ilícito. Ele também exigiu provas testemunhais.

Porém, segundo o magistrado da 1º Vara de Santa Maria de Jetibá, há de se considerar, pelas regras de experiência, que comparecem ao exame apenas pai e mãe do bebê, não podendo o réu exigir a existência de prova testemunhal a respeito da informação sobre o sexo da criança, que também não constou em nenhum dos exames realizados.

O juiz afirma ainda ser notório o fato de que a informação acerca do sexo é normalmente dada pelo profissional que faz o exame de ultrassonografia, ou seja, o réu.

“Tenho por razoável assumir como verdadeira a informação trazida pela requerente. O fato da gestação e o nascimento de uma criança acarreta o surgimento de uma necessidade premente de organização pelos pais de um quarto, a aquisição de mobiliário, roupas, dentre outros artigos” explica o magistrado em sua decisão.

Método

Apesar de crescer o número de pais que esperam até o chá para descobrir o sexo do bebê, aqueles que optam por saber antes procuram alternativas para saber o mais rápido possível se esperam por um menino ou uma menina. Existem dois exames que dão este resultado: o exame de sangue (a partir da 10ª semana) e o ultrassom (a partir da 18ª) semana. Mas algumas grávidas que buscam saber antes estão usando uma técnica conhecida como Método Ramzi.

Muito difundido em fóruns sobre gestação e redes sociais, o método promete já definir o sexo do bebê ainda na 6ª semana. Criado pelo Dr. Saam Ramzi Ismail e publicado em formato de artigo científico em 2011, a técnica consiste em estudar o lado do útero em que a placenta se fixou.

Em uma pesquisa realizada entre os anos de 1997 e 2007 com mais de 5.300 grávidas, o médico constatou que 97,2% dos fetos masculinos tinham a placenta implantada no lado direito do útero, enquanto que em 97,5% dos femininos, ela estava no lado esquerdo. Essa análise já poderia ser feita na sexta semana de gestação através de uma ultrassonografia.

Especialista alertam, no entanto, para o fato de o estudo ter sido publicado sem ter passado por um crivo acadêmico da chamada revisão de pares. Ou seja, não há uma avaliação criteriosa para analisar se há mesmo relação entre os dados concluídos na pesquisa.

 

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