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Mundo Um robô vai reger uma orquestra na Itália, ao lado do tenor Andrea Bocelli

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Espetáculo será apresentado no dia 12 de setembro na cidade de Pisa. (Foto: Reprodução ABB)

Um robô vai reger uma orquestra e dividirá o palco com o popularíssimo tenor Andrea Bocelli em uma apresentação em Pisa, na Itália. O concerto será exibido ao vivo na próxima terça-feira, durante um Festival Internacional de Robótica na cidade.

Criado pela empresa suíça ABB, o equipamento – que recebeu o nome de YuMi – assumirá a batuta diante da Orquestra Filarmônica de Lucca. Para isso, ele conta com dois braços dotados de articulações e que são acoplados a um corpo metálico.

Enquanto YuMi dirige os músicos, o tenor italiano Andrea Bocelli cantará a ária “La Donna è Mobile”, que faz parte da ópera “Rigoletto”, do também italiano Giuseppe Verdi (1813-1901).

Para não fazer feio, o robô “ensaiou” com o maestro italiano Andrea Colombini antes da apresentação. “O papel do regente cibernético é compartilhar uma visão de trabalho da música, definir um tom e moldar as diversas vozes dos músicas em uma única expressão a serviço do compositor”, ressaltou Colombini em entrevista à imprensa de seu país.

O treinamento de YuMi foi feito em duas etapas. Na primeira fase, ele seguiu os movimentos do maestro Colombini. Isso incluiu o registrou de praticamente todas as nuances gestuais, que foram transformadas em uma linguagem específica de programação digital.

Já em um segundo momento, o software que serve como “cérebro” do humanoide passou por ajustes e aperfeiçoamentos para que os seus movimentos ficassem sincronizados à música que será executada pela orquestra.

Ressalvas

Ainda que uma máquina seja capaz de reger músicos de carne e osso, Colombini fez as devidas ressalvas em relação à real capacidade de um amontoado de circuitos integrados assumirem as rédeas da produção e interpretação cultural, ações ainda restritas ao intelecto do Homo sapiens.

“É claro que o YuMi é bom quando se trata da técnica, mas não é abençoado com o dom da sensibilidade”, frisou o maestro. “O robô utiliza os seus braços, no entanto a alma, o espírito, a criação constituem aptidões exclusivas dos seres humanos, ao menos no atual estágio da tecnologia. ”

Ainda segundo ele, os robôs podem servir como ajudantes de seus “donos” ou projetistas. “Eles são importantes para executar ações, inclusive na ausência do regente, ainda que nos primeiros ensaios, antes de o diretor aparecer para fazer os ajustes que resultem na interpretação material e artística da música, por exemplo, como ocorreu com o YuMi.” Colombini não acredita que a humanidade esteja caminhando rumo a um futuro onde maestros serão superados por colegas robóticos.

YuMi não será, porém, o primeiro robô a dirigir uma orquestra de músicos de carne e osso. Em 2008, um pequeno humanoide da fabricante japonesa Honda, batizado com o nome de “Asimo”, conduziu a Orquestra Sinfônica de Detroit, no Estado norte-americano de Michigan.

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