Política Em uma nova caravana, o ex-presidente Lula deve percorrer 12 cidades brasileiras
Por Redação O Sul | 13 de outubro de 2017
Uma nova caravana que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará pelo Brasil deve começar no dia 23 de outubro e se encerrar em 30 do mesmo mês. Lula deve passar por 12 cidades mineiras. Em setembro, Lula afirmou que planejava percorrer o Norte de Minas em sua próxima caravana. Recentemente, o ex-presidente visitou 25 cidades do Nordeste em 20 dias.
A nova caravana deve começar por Ipatinga, no Vale do Aço, e terminar em Belo Horizonte, com a realização de um ato público na capital mineira. A previsão é de que Lula passe também por Governador Valadares, Teófilo Otoni, Itaobim, Itinga, Araçuaí, Salinas, Montes Claros, Bocaíuva, Diamantina, Codisburgo e, por fim, Belo Horizonte.
De ônibus, acompanhado de assessores, representantes de movimentos sociais e parlamentares, Lula deve receber títulos de governos e universidades. Apontado como um dos três nomes possíveis para substituir Lula em uma campanha para a Presidência, caso o ex-presidente seja impedido pela Justiça, o governador de Minas, o petista Fernando Pimentel, fará recepção de Lula.
Os outros dois petistas cotados para substituir Lula em um eventual impedimento são o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner.
Lula foi condenado na LavaJato, pelo juiz federal Sérgio Moro, a 9 anos e meio de prisão. Ele aguarda em liberdade decisão do TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região), que pode tornar o ex-presidente inelegível.
ONU
A ONU vai deixar para 2018 a decisão final sobre o caso do ex-presidente. Em julho de 2016, a defesa do brasileiro apresentou uma queixa ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas contra o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância.
Segundo os advogados do petista, o magistrado estaria violando seus direitos de defesa em processos penais no âmbito da Lava-Jato.
Aos 71 anos de idade, Lula foi condenado em julho pelo juiz a 9 anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso passou a ser examinado pela ONU em outubro do ano passado.
a assessoria de imprensa do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos confirmou que a próxima reunião do Comitê das Nações Unidas, a ser iniciada na segunda-feira, 16, não incluiu o caso de Lula na pauta. A decisão sobre o ex-presidente, então, deve ficar para 2018, já que o próximo encontro dos peritos do colegiado está marcado para março do ano que vem.
A entidade não vai avaliar o conteúdo da queixa, mas somente se cabe à ONU examinar o caso e fazer suas recomendações. Para que o tema seja aceito, a entidade em Genebra precisaria concluir que o sistema judicial brasileiro não tem a capacidade ou garantias suficientes de independência para tratá-lo.
