“Estou encantado por poder finalmente conhecê-lo. Espero que esta nossa reunião possa trazer bons resultados”, afirmou Vladimir Putin, citado pela Reuters. “Sr. Putin, é uma honra estar consigo”, respondeu Donald Trump. Não responderam às perguntas que os jornalistas fizeram.
Na mesma sala, além dos tradutores, estiveram o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, que ao contrário dos dois presidentes, já se conheciam de anteriores reuniões sobre a guerra civil da Síria ou o desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte.
Dos dois lados do Atlântico, as expectativas quanto ao encontro foram significativamente reduzidas. Enquanto em Washington se sublinhava o potencial “perigo” de Trump exibir uma excessiva proximidade com Putin, em Moscovo os comentadores políticos escreviam que o objectivo era que ambos os líderes pudessem sair da reunião sem “piorar” o relacionamento entre os dois países.
Uma “sondagem” online lançado pela embaixada da Rússia no Reino Unido junto dos utilizadores do Twitter, e cujos resultados foram divulgados antes do encontro entre Trump e Putin, mostrava que 62% dos inquiridos esperava que da reunião resultassem “progressos”, contra 14% que antecipava um desentendimento entre os dois líderes. Os restantes 24% escolheram a terceira resposta disponível, considerando que o desfecho mais provável seria uma “pausa por causa da política interna norte-americana” – uma opção que remetia para a investigação em curso nos Estados Unidos à interferência russa na campanha presidencial e às alegadas ligações entre membros da equipa de Donald Trump e o Kremlin.
Antes de reunir com o líder norte-americano, Vladimir Putin encontrou-se com o novo presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que reconheceu um importante papel à Rússia em termos de uma saída diplomática para a crise de segurança na península coreana. Depois do último ensaio balístico de Pyongyang, que esta semana testou um míssil intercontinental, Vladimir Putin alertou para o risco de os diferentes atores regionais “perderem a compostura”, e aconselhou “pragmatismo” na negociação com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Pelo seu lado, Donald Trump teve o seu primeiro face a face com o presidente do México, Enrique Peña Nieto. Os dois falaram sobre o polêmico muro na fronteira entre os dois países, que Trump insistiu será construído e pago pelo México – “absolutamente”, repetiu em Hamburgo. “Nem pensar”, garantiu Peña Nieto, que depois de cancelar uma visita oficial a Washington por causa desse assunto, afirmou que o mais importante é que o canal do diálogo entre os países vizinhos se mantenha aberto.